Projeto de mosquitos transgênicos de biofábrica em Juazeiro será ampliado para dez municípios baianos

por Carlos Britto // 30 de dezembro de 2015 às 17:09

mosquitos - moscamedA produção da biofábrica de mosquitos transgênicos Moscamed, instalada em Juazeiro (BA), será ampliada emergencialmente após decisões tomadas nas últimas semanas no âmbito dos governos estadual e federal. A ideia inicial é ampliar a disseminação dos mosquitos, atualmente feita apenas no município de Jacobina (norte baiano), para dez cidades com menos de 35 mil habitantes, porém com elevada taxa de infestação pelo Aedes aegypti – vetor que transmite a dengue, chikungunya e zika vírus.

A solicitação do Ministério da Saúde é que a estratégia seja colocada em ação ainda no começo de 2016. Para tanto, foi autorizada pelo governador Rui Costa a cessão do galpão da biofábrica de palma forrageira, que estava em fase final de construção, para que no local seja instalada uma fábrica de ovos de mosquitos transgênicos. A decisão foi comunicada ontem (29) em reunião, pelo secretário estadual da Saúde Fábio Vilas-Boas, ao diretor-presidente da Empresa Moscamed Brasil, Jair Fernandes Virgínio.

Vilas-Boas garantiu ainda a renovação do contrato de financiamento do projeto que se encerraria em 31 de dezembro de 2015, que conta com um investimento anual da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) de R$ 1,2 milhão. O projeto completo que vem sendo desenvolvido pela Sesab, sob a coordenação do infectologista e subsecretário estadual da Saúde, Roberto Badaró, envolve múltiplas ações conjuntas, complementares, incluindo ações diretas de combate, educação e pesquisa.

Projeto

A iniciativa busca que as fêmeas do Aedes silvestre, ao cruzar com os transgênicos machos, gerem mosquitos estéreis ou que morram antes de chegar à fase adulta. Dados preliminares apontam para a redução de até 80% no número de ovos e mosquitos selvagens, nas localidades onde houve a liberação do mosquito transgênico. A capacidade atual de produção da fábrica é de quatro a cinco milhões de mosquitos por semana, o que é suficiente para controlar uma área de até 100 mil habitantes. (foto/divulgação)

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