Lideranças da União de Pastores Evangélicos de Petrolina (UPEPE) não gostaram nem um pouco do posicionamento dos vereadores Wenderson Batista ‘Pé de Galo’ (DEM) e Zenildo do Alto do Cocar (MDB), acerca do polêmico projeto de lei  que inclui igrejas e templos de qualquer religião como atividades essenciais. Ambos os vereadores não assinaram o parecer da Comissão de Justiça e Redação, necessário para que a matéria fosse levada à votação.

Ao contrário disso, justificaram na sessão remota desta terça-feira (3), na Casa Plínio Amorim, que não poderiam respaldar um projeto que seria derrubado pela justiça. Em nota, a UPEPE lamentou as críticas desferidas contra a entidade, mostrando aberta ao diálogo. Confiram:

Nobre Carlos Britto,

A UPEPE pediu, respeitosamente e de forma pública, um esclarecimento por parte dos vereadores Wenderson Batista e Zenildo do Alto do Cocar o motivo de até o presente momento não assinarem o parecer da Comissão de Justiça e Redação, concernente ao Projeto de Lei que reconhece a essencialidade das igrejas e templos de qualquer culto em momentos de pandemia.

Causa espanto receber tamanha hostilidade e repúdio por pedirmos o que é nosso por direito, já que a tramitação de um projeto de lei na Casa do Povo deve ser pública, transparente e contar com ampla participação popular. As entidades representativas da sociedade civil, como é o caso da UPEPE, deveriam ser consultadas pelas comissões, conforme diz o Regimento Interno da Câmara Municipal em seu artigo 30.

Mas, infelizmente, o que vimos foi um ataque pessoal a representantes da UPEPE, com insinuações infundadas e desrespeitosas, e isso de forma pública na plenária da câmara e em rádios do município.

Reiteramos o desejo da UPEPE de manter o debate público, cordial, transparente e pautado em argumentos com cada representante do legislativo nesse momento tão sensível, e nos conforta saber que essa colocação infeliz de repúdio não foi o sentimento de todos os vereadores.

UPEPE