STF respalda acordo entre União e Estados sobre repasse de R$ 26,9 bilhões

por Carlos Britto // 05 de junho de 2023 às 11:00

Foto: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou o acordo firmado entre União e estados que prevê o repasse de R$ 26,9 bilhões para compensar perdas na arrecadação do ICMS. A decisão foi tomada por unanimidade no plenário virtual, que se encerrou à meia-noite da última sexta-feira (2). Apenas o ministro André Mendonça apresentou ressalvas, mas também acompanhou o ministro relator, Gilmar Mendes.

O acordo foi firmado em março após meses de negociações entre representantes dos estados e da Fazenda Nacional. A reparação será diferente de acordo com o perfil de cada estado e será paga ao longo dos próximos quatro anos, de forma parcelada.

O repasse bilionário visa a repor as perdas na arrecadação dos estados impostas por leis de 2022 que diminuíram a alíquota do ICMS sobre itens considerados essenciais, como combustíveis. O imposto é a principal fonte de recolhimento dos governos estaduais. A lei já previa compensação, mas o dispositivo foi vetado pelo então presidente Jair Bolsonaro. Depois disso, estados foram ao STF questionar a medida.

Em seu voto, Gilmar afirmou que os termos do acordo “devem ser compreendidos pelo Poder Legislativo como um consenso político-jurídico possível, diante dos debates e das soluções encontradas“. “Registre-se que os termos do acordo foram escritos, debatidos, negociados e reescritos pelos próprios entes federativos, de forma direta, sem a interferência do Poder Judiciário. Apenas na última semana, antes do termo final do prazo e diante de alguns impasses jurídicos, houve a participação mais efetiva deste relator e de meu gabinete“, afirmou Gilmar. (Fonte: Estadão)

STF respalda acordo entre União e Estados sobre repasse de R$ 26,9 bilhões

  1. Defensor da liberdade disse:

    Essa lei de Bolsobosta foi um verdadeiro engana gado. Os estados tiraram a tributação mas serão recompensados com dinheiro da união, na prática apenas trocaram 6 por meia dúzia. Enquanto não mexer com o monopólio indireto da Petrobras os combustíveis continuarão caros. Outro fator importante é o dólar alto que ninguém se compromete em derrubar o preço.

  2. Edilberto disse:

    Quando no Brasil era “democracia”, esse tipo de verba era liberado pelo poder Legislativo (Deputados e Senadores), hoje são ministros do STF quem autoriza!

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