Os servidores municipais lotados no Hospital Universitário (HU) em Petrolina tiveram a jornada de trabalho reduzida, de 12 horas de plantão para 6 horas, a partir desta quinta-feira (14). A decisão aconteceu por intermédio do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindsemp), que solicitou da gestão municipal e da direção do HU providências urgentes em relação à alimentação dos trabalhadores, que foi suspensa desde a última segunda-feira (11).
A direção do Hospital disse que a decisão partiu do Tribunal de Contas da União (TCU), o qual estabelece que os servidores beneficiados pelo auxílio-alimentação ou outro de natureza similar, e que não estão na linha de frente da Covid-19, não poderiam continuar recebendo as refeições fornecidas pelo HU. No entanto, os trabalhadores em questão não recebem o benefício e, portanto, não se encaixam na regulamentação.
Com o empasse, o Sindsemp forneceu as refeições para os trabalhadores no começo da semana e sugeriu que carga horária fosse reduzida até uma solução definitiva. “Se o hospital ficar sem pessoas para trabalhar, quem gerou o problema foi o hospital. O servidor não pode pagar o preço dessa situação. Isso é uma questão entre as instituições: Prefeitura, secretaria de saúde e HU. Isso é no mínimo uma falta de respeito. Até para quem é da área de saúde sabe que isso é inconcebível, desumano e cruel. Não existe a condição de trabalhar doze horas sem se alimentar. Isso é mesquinho”, desabafou o presidente do Sindsemp, Walber Lins.
A secretária de Saúde, Magnilde Albuquerque, afirmou que o município de Petrolina mantém um contrato com o hospital desde 2016, sendo responsabilidade da prefeitura arcar com os salários desses servidores, e em contrapartida, o HU garantiria as condições necessárias de trabalho. Neste caso, reiterou o regime de plantão de 6 horas até uma decisão final.
Por Denise Saturnino