Ronaldo Silva fala em entendimento para se manter à frente da Comissão de Finanças da Casa Plínio Amorim e garante que Regimento não dá “prazo de validade”

por Carlos Britto // 08 de fevereiro de 2019 às 07:46

Foto: Blog do Carlos Britto

Um dos protagonistas da celeuma envolvendo as comissões permanentes da Casa Plínio Amorim, o vereador governista Ronaldo Silva (PSDB) rechaçou comentários de estar havendo “uma disputa de egos” por conta de indicações aos cargos. Atual presidente da Comissão de Finanças e relator da de Redação e Justiça, Ronaldo não quer abrir mão de continuar nas duas neste biênio.

O impasse acontece justamente porque o líder da bancada da qual Ronaldo faz parte, vereador Aero Cruz (PSB), pleiteia a presidência da Comissão de Finanças. Hoje, Aero é o relator da mesma.

Ronaldo argumentou que a escolha dos integrantes das comissões deveria levar em conta “a capacidade dos vereadores” para a que mais tenham habilidade. Ele citou como exemplo a Comissão da Mulher, idealizada por sua colega Cristina Costa (PT), a qual é a presidente.

Quanto à Comissão de Finanças, o vereador justifica que desde a gestão do ex-prefeito de Petrolina Julio Lossio ele é o presidente, e quer continuar sendo. Para isso ele disse até que abriu mão da relatoria da Comissão de Redação e Justiça, após dialogar com outros colegas da bancada. “Vamos ver se até a próxima segunda-feira (11) a gente vai entrar nesse entendimento”, frisou Ronaldo, referindo-se à reunião que definirá os integrantes das comissões – adiada por duas vezes.

Regimento

O entrave dessa questão deve-se ao fato de que Aero Cruz se baseia em critérios de proporcionalidade em relação às bancadas dos partidos na Casa, para reivindicar a presidência da Comissão de Finanças. Ou seja, as legendas com maior número de vereadores têm o direito sobre as comissões mais importantes – justamente a de Finanças e a de Redação e Justiça. Hoje o PSB de Aero e o MDB têm as maiores bancadas (cada um quatro), seguido pelo PT e PSL (com três). Mas Ronaldo alega que o Regimento Interno do Legislativo não impõe “prazo de validade” para se comandar uma comissão.

É como eu disse. Você vai brigar pela habilidade que tem conhecimento. Não adianta uma pessoa que cuida de cavalo, ir cuidar de futebol. É a mesma coisa colocar uma pessoa que não entenda de finanças ir para a comissão. É para só assinar projetos? Não. Você tem que discutir projetos, conhecer as leis”, ponderou o vereador, acrescentando que já reuniu o conhecimento necessário para continuar à frente da de Finanças.

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