Romero Jucá diz que irá “ao extremo” para garantir MDB nas mãos de Fernando Bezerra

por Carlos Britto // 12 de abril de 2018 às 13:00

Fernando Bezerra Coelho e Romero Jucá. (Foto: Divulgação)

Presidente nacional do MDB, o senador Romero Jucá vai até o extremo para entregar o partido em Pernambuco ao também senador Fernando Bezerra Coelho. Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta quinta-feira (12), Jucá criticou o tom agressivo do MDB local e disse que não vai “entrar nessa baixaria”. “Não queremos expulsar ninguém do partido. Política não se faz dessa forma“, comentou.

Por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), o comando do MDB local está com o vice-governador Raul Henry, que quer manter a sigla na chapa do governador Paulo Câmara (PSB). Para Jucá é legítimo que o partido deixe o PSB, que é oposição ao presidente Michel Temer, e marche na oposição. “Não vamos marchar com o atual governador, pois ele é do PSB e o partido vive agredindo o MDB“, destacou.

O senador disse que o deputado Jarbas Vasconcelos sabia desde o começo que FBC seria o candidato ao governo do estado e que teria assegurada a candidatura ao Senado. Porém, de acordo com Jucá, Jarbas recuou depois, “talvez por pressão de Raul Henry“.

Sobre a possibilidade de FBC assumir em definitivo o comando do MDB de Pernambuco e ainda assim Jarbas ser lançado a senador, Romero Jucá diz que na política “tudo é possível”. Para ele, porém, é preciso ver o clima das alianças. “Estamos explicando no Supremo e vamos aguardar a situação“, afirmou Jucá.

Lava-Jato

Sobre ministros de Temer que são investigados, Jucá disse que não há recomendação para que deixem suas pastas. Jucá deixou o Ministério do Planejamento em 2016 após divulgação de conversa em que Jucá sugere um “pacto” para possivelmente barrar a Lava Jato ao falar com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

À Rádio Jornal, ele disse que a Lava Jato presta um serviço importante ao País, mas que existem excessos. “O Brasil passa por um momento de criminalização da política. Três denúncias contra mim já foram arquivadas e todas serão”, disse. “Não adianta a gente investir contra a Lava Jato“, completou.

Sobre a negativa pela Justiça de autorizar a prisão dos amigos do presidente Michel Temer, Jucá acredita que esses amigos “foram mencionados em uma acusação extremamente frágil“. Como líder do governo no Senado, Jucá diz que a posição é de não retirar nenhum ministro que está sendo investigado do cargo. (Fonte: JC)

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Últimos Comentários

  1. Belissimas palavras, dirigidas paraceste grande homem!! Para quem experimentou esta exiatencia com o Raphael... Nossa eterna gratidao !!!