Requerimento barrado sobre saneamento de Petrolina gera farpas entre líderes das duas bancadas na Casa Plínio Amorim

por Carlos Britto // 22 de fevereiro de 2019 às 15:14

Os líderes das bancadas de situação e oposição na Casa Plínio Amorim, vereadores Aero Cruz (PSB) e Paulo Valgueiro (MDB), trocaram farpas na sessão plenária de ontem (21) na Casa Plínio Amorim, por conta de um requerimento apresentado pela bancada oposicionista. O ofício solicitava uma audiência pública com o objetivo de trazer detalhes sobre o futuro dos serviços de saneamento básico de Petrolina, que podem ser geridos por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).

Com ampla maioria na Casa, a base aliada derrubou o requerimento por 14 votos a cinco. Aero, que orientou os demais companheiros a barrar a proposta, considerou “totalmente desnecessária” a realização de uma audiência pública, haja vista as plenárias já realizadas sobre o tema na cidade – além de uma audiência pública, da qual, segundo ele, apenas o vereador Gilmar Santos (PT) participou.

Aero afirmou que a proposta dos oposicionistas tinha um claro conteúdo político. “Os vereadores não foram para as audiências públicas, não foram para as plenárias, para depois chegarem aqui e apresentarem um requerimento, para que esse requerimento sirva de palanque político”, justificou.

Já Paulo Valgueiro se disse indignado com a postura dos governistas, haja vista que essa seria mais uma oportunidade da população petrolinense ter os devidos esclarecimentos acerca do assunto. “Que medo eles têm? É só oba-oba que querem fazer com esse plano de saneamento? Não querem uma discussão aprofundada com a população de Petrolina? É o que dá a entender”, retrucou.

Valgueiro rechaçou ainda o comentário de Aero de que a bancada estaria tentando fazer do requerimento uma instrumentalização política do tema. Sobre a ausência dos demais oposicionistas numa das últimas audiências relacionadas ao assunto, Valgueiro justificou que o Professor Gilmar Santos representou muito bem a bancada. Além disso, o líder oposicionista sequer considerou essa uma audiência, já que não houve espaço para participações ao microfone. “Foi muito mais um monólogo porque os vereadores, a população, os líderes comunitários não puderam usar o microfone para fazer perguntas”, criticou.

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