Professor manifesta repúdio contra organização e arbitragem de xadrez na 39ª edição dos Jogos Escolares de Juazeiro

por Carlos Britto // 09 de junho de 2017 às 18:00

Indignado com o que considerou “falta de organização e de respeito”, o professor Ícaro Reis criticou duramente, numa nota de repúdio enviada a este Blog, a 39ª edição dos Jogos Escolares de Juazeiro (BA) na modalidade de xadrez.

Confiram:

Em virtude da falta de respeito, consideração e responsabilidade que a Secretaria de Educação e Juventude (SEDUC), através da Superintendência de Juventude tem com os alunos, pais e professores, venho através dessa nota, manifestar o nosso desapontamento e revolta devido a organização e realização dos Jogos Escolares na modalidade xadrez Pré-Mirim (Masculino e Feminino). Um evento que tinha como objetivo promover o esporte de forma saudável e justa, com uma troca de aprendizagem de ambas partes, acabou acontecendo totalmente o contrário. Mostrando o quando que as escolas “tradicionais” de Juazeiro exercem papel regulador e moderador, perante às escolas municipais, no qual o poder monetário pode interferir no julgamento e nos resultados obtidos dentro da competição.

Como professor voluntário, sei o quanto é difícil implementar um estudo de xadrez numa comunidade como o Alto do Cruzeiro, um bairro periférico marcado pela desigualdade, e miséria. Vivemos com as dificuldades todos os dias, não ter aula toda semana por não ter guarda, não ter material suficiente para termos aula, entre outros problemas que nos fazem sofrer e lutar cada vez mais para procurar melhores desempenhos nas competições em que participamos. 

Ao final de um ano de dedicação, chegamos para participar da 39º edição dos Jogos Escolares de Juazeiro, nos deparamos com um campeonato mal organizado, sem microfone, e com apenas dois árbitros para dar conta de mais de quarenta crianças. Contudo, os mesmos árbitros que tinham como objetivo ficar atento as suas responsabilidades, mostraram a incapacidade e a inexperiência, perante as regras do xadrez básico, dando vitórias erradas e aplicando regras inexistentes nos jogos. Quem sofre com isso? As escolas tradicionais? Não mesmo, as escolas municipais e públicas. Pode um subalterno falar? Realmente não.

Atrelado à inexperiência dos árbitros, tivemos um treinador de uma escola particular de Juazeiro, que capciosamente ficava próximo às mesas de seus atletas, orientando seus alunos quando o árbitro que tinha como obrigação punir, fingia não ver, por se tratar de uma escola “tradicional”, e quando foi advertido por um outro técnico que percebeu tal “malandragem”, no qual o técnico induzia uma criança de outra equipe a abandonar o jogo contra sua aluna, dizendo que havia xeque-mate, garantindo assim uma vitória para a equipe “tradicional”, vendo isso tal situação, outro técnico percebeu a atitude, chamou o árbitro. Para a surpresa de todos, ao invés de punir e seguir o jogo, o árbitro, perdido como sempre, decretou vitória para a equipe “tradicional”, fazendo a aplicação da regra inversamente. Assim, percebe-se o quanto que não existem valores e a camisa sempre vai pesar. Por que iria marcar a vitória para uma escola municipal?

Desse modo, nota-se o quanto que ainda existe despotismo das escolas particulares, diante das públicas, realidade que nunca muda, tornando cada vez mais indignante essa situação. Foi citado apenas um caso na competição de hoje. Houve mais de três e todos envolvendo tal escola particular e outras públicas e municipais que participaram do campeonato, sendo novamente prejudicadas.

Escrevo-lhes com a humildade, responsabilidade e o cuidado de sempre, sem querer ser dono de verdade, apenas mostrando minha indignação, registrada através desta nota de repúdio com a qual exigimos uma retratação formal da referida instituição.

Ícaro Reis/Professor

Professor manifesta repúdio contra organização e arbitragem de xadrez na 39ª edição dos Jogos Escolares de Juazeiro

  1. Maria Clara Soares Prysthon disse:

    O trabalho voluntario é importantes,mas é preciso ter conhecimento técnico para ensinar xadrez,ensinar mexer as peças todo mundo saber,agora o conhecimento técnico é mais complicado.
    A federação mundial de xadrez (FIDE) laçou novas leis do xadrez e as mesmas foram aplicadas na competição, talvez o cidadão não tenha esse conhecimento com certeza não esteve no congresso técnico semanas antes da competição,onde ele poderia entrar com recursos durante a competição e isso ele não fez,e sai atirando pra todo lado. Em relação a conquistadas escolas particulares merecidamente,porque tem profissionais a nível internacional ensinando xadrez,como o GEO,Objetivo,CPM etc. São Professores de alto nível técnico,onde já disputaram competições internacionais em fim confio na equipe que arbitrou a pre-mirim de xadrez, faz esse trabalho comigo a mais de cinco anos, competentes e seríssimos profissionais.

    Agnaldo Melo dos Santos
    Presidente d
    a Liga Brasileira de xadrez
    Arbitro Licenciado pela Federação Mundial de Xadrez(FIDE)
    Arbitro Nacional da Liga Brasileira de xadrez
    Organizador dos Jogos escolares de Juazeiro-BA

  2. Agnaldo Melo dos Santos disse:

    Por que tem o nome Maria Clara Soares Prysthon,se foi eu que fiz esse comentário?

  3. Agnaldo Melo dos Santos disse:

    O trabalho voluntario é importantes,mas é preciso ter conhecimento técnico para ensinar xadrez,ensinar mexer as peças todo mundo saber,agora o conhecimento técnico é mais complicado.
    A federação mundial de xadrez (FIDE) laçou novas leis do xadrez e as mesmas foram aplicadas na competição, talvez o cidadão não tenha esse conhecimento com certeza não esteve no congresso técnico semanas antes da competição,onde ele poderia entrar com recursos durante a competição e isso ele não fez,e sai atirando pra todo lado. Em relação a conquistadas escolas particulares merecidamente,porque tem profissionais a nível internacional ensinando xadrez,como o GEO,Objetivo,CPM etc. São Professores de alto nível técnico,onde já disputaram competições internacionais em fim confio na equipe que arbitrou a pre-mirim de xadrez, faz esse trabalho comigo a mais de cinco anos, competentes e seríssimos profissionais.

    Agnaldo Melo dos Santos
    Presidente da Liga Brasileira de xadrez
    Arbitro Licenciado pela Federação Mundial de Xadrez(FIDE)
    Arbitro Nacional da Liga Brasileira de xadrez
    Organizador dos Jogos escolares de Juazeiro-BA

  4. Manoel disse:

    Bom dia! Lendo o texto do professor Icaro, entendo que a sua indignação é em relação a organização do evento. Eu fiqjei curioso em saber quem são os árbitros que conduziram o torneio, que segundo a nota informa que possuem experiência internacional.

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