Atendendo a pedidos dos policiais civis que estão trabalhando no Instituto Médico Legal (IML) do Recife, o presidente do Sinpol-PE, Áureo Cisneiros, foi neste sábado (21) até o instituto para averiguar a denúncia de que teria chegado um corpo, suspeito de ter vindo a óbito em decorrência do novo coronavírus (Covid-19). Para piorar, o governo ainda não cumpriu a decisão judicial obrigando o Estado a garantir o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como macacões impermeáveis, luvas, óculos e álcool em gel para os trabalhadores da segurança pública.
O corpo permanece isolado e sem autópsia, já que os médicos legistas e os auxiliares de legista não têm como agir diante da falta dos equipamentos de segurança.
Além disso, Áureo também alerta para a possibilidade de um outro caso de óbito em decorrência da pandemia, dessa vez em Camaragibe. “É muito importante que o governo seja transparente com relação aos números do coronavírus em nosso território. A ciência da real gravidade da doença e do avanço em nosso solo podem salvar vidas. Chegou ao nosso conhecimento esse outro caso, de uma idosa de 79 anos que foi atendida na UPA da Caxangá e morreu ontem (20), já tendo sido enterrada no cemitérios de Camaragibe”, revelou.
“O Sinpol-PE continuará atento e atuante para resguardar todos os policiais civis de Pernambuco e o povo, por conseguinte. E avisamos: caso a vida e a segurança desses profissionais não sejam resguardadas, o Sinpol-PE irá orientar que o atendimento ao público seja suspenso imediatamente”, completou. Com a palavra, o Estado.