Polêmica em Lagoa Grande: Após oposição pedir vistas, Cappellaro retira projeto que prorrogaria contratos temporários de professores

por Carlos Britto // 15 de abril de 2020 às 16:46

Foto: Ascom PMLG/divulgação

Uma polêmica alimentou nesta semana o cenário político de Lagoa Grande (PE), Sertão do São Francisco, em meio à preocupação com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O motivo foi um projeto de lei enviado à Câmara de Vereadores pelo prefeito Vilmar Cappellaro.

Pela proposta do gestor, a administração municipal estaria autorizada a suspender os contratos dos professores temporários da rede pública, que se encerrariam em junho deste ano, durante o período de pandemia. No mesmo projeto, também foi solicitada autorização ao Legislativo local para, assim que fosse autorizado pelo Governo de Pernambuco a retomada do ano letivo, prorrogar por mais 12 meses todos os contratos, sem a necessidade de novo processo seletivo.

Os vereadores da bancada de oposição apresentaram duas emendas que foram aprovadas pela base governista e aceitas por Cappellaro. Tudo se encaminhava bem, até os oposicionistas pedirem vistas ao projeto, impossibilitando que o mesmo fosse aprovado pela Casa e sancionado pelo prefeito.

Por meio de sua assessoria, Cappellaro considerou o fato “uma manobra política” dos seus adversários, que não levaram em conta o atual momento. Após consultar  o setor Jurídico da Prefeitura e conversar com os vereadores da base do governo, ele protocolou a retirada do projeto. Diante desse fato, o prefeito será obrigado a rescindir os contratos e realizar uma nova seleção, assim que for autorizado o reinício das aulas, gerando mais despesas para o município.

Pagamento

Sensibilizado com a situação financeira dos profissionais de educação da rede municipal, Cappellaro ficou de efetuar o pagamento de todos os educadores no dia de hoje (15), data em que serão encerrados todos os contratos. Ele também já solicitou um levantamento entre a Secretaria de Educação e a de Assistência Social, para dar um suporte a todos os professores e familiares que se encontrem em situação de vulnerabilidade, seja pela administração municipal ou por programas do governo federal que garantem renda mínima para os atingidos pela pandemia do Covid-19.

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