Pesquisa da Facape busca entender evolução da pandemia e seus efeitos em Petrolina e Juazeiro

por Carlos Britto // 29 de junho de 2020 às 09:33

Foto: Ascom PMP/SMS divulgação

Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) não estão conseguindo achatar a curva do novo coronavírus (Covid-19). Mesmo assim, ambas iniciaram um plano de flexibilização da quarentena, que causa uma redução do isolamento social. Pesquisadores da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape) estão fazendo  uma análise científica diária da evolução da Covid-19, que começou em 25 de março, buscando entender a pandemia no mundo, no Brasil, no Nordeste e, mais especificamente nas duas principais cidades do Vale do São Francisco.

O estudo ajuda a compreender os efeitos, por exemplo, da reabertura do comércio. São dados importantes que podem auxiliar na tomada de decisões, na definição de ações e políticas públicas que contribuam para reduzir o número de pessoas infectadas e de mortes, assim como os efeitos econômicos e sociais derivados pela pandemia, nos dois municípios.

As informações são preparadas pelo Colegiado de Economia da Facape,  em um trabalho dos pesquisadores João Ricardo Lima, Maria do Socorro Coelho Macedo e Caliane Borges Ferreira, e visam a apontar como o número de casos confirmados e mortes por Covid-19 têm crescido na região, com base nos dados divulgados diariamente pelas secretarias de saúde de Petrolina e Juazeiro.

O professor doutor João Ricardo Lima, que coordena o trabalho, avalia pela pesquisa, que a curva de casos ainda tem crescido de forma acelerada, apesar de velocidade ter sido reduzida a cada dia no período da quarentena. “Atualmente a taxa de crescimento do número de casos calculada para Petrolina é pouco menor do que a taxa nacional pós-quarentena. Em Juazeiro, por outro lado, é maior. Quanto mais testes são realizados, mais novos casos aparecem. Durante muito tempo Petrolina testou mais do que Juazeiro, e isto fazia com que tivesse mais casos. Mais recentemente a cidade de Juazeiro aumentou a quantidade de testes rápidos e isto fez as estatísticas crescerem mais rapidamente nos últimos dias”, explica o pesquisador.

Retomada

O plano de retomada da economia também pode interferir na curva de casos da região, já que reduz o isolamento social. Com mais pessoas circulando cresce a probabilidade de uma pessoa infectada passar o vírus para outras. Desde o dia 17 de junho a pesquisa da Facape  analisa o efeito da reabertura e detectou a inversão da velocidade com que os novos casos surgiam, e esta tem crescido desde então.

Outras informações da pesquisa mostram que o achatamento da curva acontece de forma muito lenta e que o índice de isolamento se mantém em torno de 40% nos finais de semana e 35% durante a semana. Outra preocupação registrada é a quantidade de leitos de UTI disponíveis, abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “O prudente seria intensificar a quarentena com medidas mais restritivas para aumentar o percentual de isolamento para taxas superiores a 60%, que é o recomendado. Se isto não for feito agora, em um futuro breve será necessário pensar até em um lockdown, ou seja, o isolamento obrigatório que já foi feito em outros locais do país”, complementa João Ricardo.

A pesquisa de acompanhamento da evolução da Covid-19 em Petrolina e Juazeiro é atualizada diariamente e está disponível no portal da Facape.

Univasf

Na última sexta-feira (26), um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) divulgou um levantamento pelo qual aponta que a evolução da pandemia na região tem relação direta com a reabertura do comércio.

Pesquisa da Facape busca entender evolução da pandemia e seus efeitos em Petrolina e Juazeiro

  1. Feliciano dos santos disse:

    A OMS, organização mundial da china, totalmente sem credito diante das atrapalhadas, imaginem a facape, infectados por ideologias de esquerda??? è claro que vai ser tendencioso nos seus resultados

    1. Defensor da liberdade disse:

      “Infectados por ideologias de esquerda”

      Você perdeu a mulher para um comunista? Para fazer uma generalização deste tamanho só pode ter trauma.

  2. LUIZ MIRANDA disse:

    Só para lembrar quem fez a matéria que Juazeiro voltou atrás e decretou o fechamento do Comércio ao contrário de Petrolina que fez foi abrir

  3. Marcos disse:

    Mais um que não tem formação de epidemiologia querendo aparecer. A questão é séria professor João. Melhor cuidar das pesquisas na Embrapa e deixar epidemiologia para quem é da área.

  4. Pitu disse:

    Não, Feliciano dos Santos, isso só demonstra que o vírus não é somente uma gripezinha. Politizar um assunto delicado e de saúde pública mundial só reforça a falta de conhecimento e ignorância diante dos fatos. Que sejam punidos os pilantras que se aproveitam do momento, seja eleitoral ou financeiro, seja de qualquer ideologia política.

  5. Edilberto disse:

    É só deixar de fazer o chamado “teste rápido” e fazer só o PCR do Lacen-PE, o teste rápido não detecta a presença do COVID19 no organismo, apenas vestígios de anticorpos do Coronavírus, que desde 1920 existe 7 tipos de Coronavírus, o Covid19 é apenas uma nova mutação do vírus. Outro detalhe, não existe essa de “curva da pandemia”, o Covid19 vai permanecer pra sempre, como, varíola, sarampo, a solução definitiva é a fabricação de uma vacina, como a de Oxford que já está testando, ou um medicamento eficaz que combata a infecção provocada pelo o Covid19. Até o fim do ano pelo TESTE RÁPIDO Petrolina vai chegar a 10 mil contaminados.

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