Para Sindicato dos Policiais Civis, fuga de detentos em Senhor do Bonfim demonstra fragilidade da SSP-BA

por Carlos Britto // 02 de agosto de 2017 às 16:02

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc-BA) emitiu nota criticando o Governo do Estado, por conta da fuga de 22 detentos do Complexo Policial de Senhor do Bonfim, no norte baiano, ocorrida na última segunda-feira (31/07). Para o sindicato, a fuga monstra “demonstra fragilidade da Segurança Pública na Bahia (SSP-BA)“. Os presos fugiram através de um túnel que dava acesso à área externa da delegacia. Até o momento, conforme o SIndpoc-BA, dois custodiados foram recapturados pela Polícia local. Alguns dos foragidos são considerados de “alta periculosidade” pelas autoridades policiais.

O presidente do Sindpoc-BA, Marcos Maurício, destaca que esse caso de Senhor do Bonfim  é mais um exemplo da fragilidade do Estado em gerir a Segurança Pública na Bahia. O sindicalista salienta o caráter “ilegal” da manutenção dos presos nas  unidades policiais. “A situação da Bahia é degradante. Essa é uma luta antiga  do sindicato em retirar os presos provisórios da responsabilidade dos investigadores da polícia Civil”, protestou.

O vice-presidente do Sindicato, Eustácio Lopes, afirma que os policiais civis não têm formação para trabalhar como agentes penitenciários e acusa a gestão estadual de promover um “desvio de função”. Segundo Lopes, a vigilância dos presídios  é uma atribuição da Polícia Militar (PM).  “Quando o policial Civil ao invés de fazer a investigação, fica na delegacia tomando conta dos presos, isso interfere diretamente no processo de elucidação dos crimes. Por isso, a Bahia consegue elucidar menos de 8% dos crimes. Temos o Estado mais violento do Brasil“, critica, ao enfatizar que a Polícia Civil (PC) está sucateada, com efetivo insuficiente para atender às demandas da sociedade. Com a palavra, a SSP-BA. (foto/reprodução)

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