Em 2023, o Brasil atingiu um marco histórico com 28.524 empresas exportando para mercados internacionais, um aumento de 2% em relação ao ano anterior. No entanto, nem todas as regiões do país compartilharam igualmente desse sucesso. O Nordeste foi a única região a registrar uma queda no total de empresas exportadoras, com uma redução de 1,6%. Esse declínio foi impulsionado principalmente pela diminuição no número de micro e grandes empresas exportadoras, que caíram 3,9% e 2,4%, respectivamente. No entanto, houve um aumento de 7,5% nas empresas de pequeno porte que exportam da região, sugerindo um potencial para crescimento futuro.

Enquanto isso, as regiões Norte e Centro-Oeste lideraram o crescimento das exportações brasileiras, com aumentos de 8,8% e 8%, respectivamente. Apesar dos avanços, a concentração de empresas exportadoras ainda é predominante no Sudeste e no Sul, que juntos representam mais de 80% das empresas exportadoras do país.

No que diz respeito ao tamanho das empresas, as médias e grandes empresas exportadoras registraram o maior crescimento percentual em relação a 2022, com uma expansão de 3% em nível nacional. O número de pequenas empresas exportadoras aumentou 1%, enquanto o de microempresas caiu 0,1%. No setor de atividades econômicas, a agropecuária se destacou, com um crescimento de 7% nas empresas médias e grandes e de 4,5% nas de pequeno porte. A indústria de transformação também apresentou crescimento nesses dois segmentos, com uma expansão de 2,6% e 1%, respectivamente.

Em relação aos destinos dos produtos exportados, a China lidera em todas as categorias, com crescimentos percentuais de 17% (pequeno porte), 9,8% (médias e grandes) e 1% (microempresas). Os dados, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), oferecem uma visão detalhada do panorama das exportações brasileiras e destacam a necessidade de políticas de apoio e incentivo à exportação em todas as regiões do país. (Fonte: Folha/PE)