A leitora Sebastiana Nunes da Costa envia este artigo ao Blog lamentando a não realização de uma audiência pública que deveria acontecer hoje (26), Dia do Surdo, na Câmara de Vereadores de Petrolina. O evento não aconteceu por falta de quórum na Casa Plínio Amorim.
Confiram o aborrecimento da leitora:
Venho por meio deste artigo fazer um desabafo.
Hoje, 26 de setembro, é comemorado o Dia do Surdo, dia esse escolhido para um debate em Audiência Publica na Câmara de Vereadores de Petrolina sobre a importância de uma Escola Bilíngue para surdos em nosso município. Deveriam estar presentes a secretária de educação do município, gestora da GRE, vereadores, professores, profissionais intérpretes de libras, familiares e comunidade surda.
Tamanha foi a minha indignação e revolta ao deparar-me apenas com representantes da Secretaria Municipal de Educação e GRE e, pasmem: apenas a Vereadora Cristina Costa. Os trabalhos deveriam ser iniciados às 8 horas, mas apenas às 10 horas começamos a audiência. Ao iniciarmos a Presidente da Casa, a Vereadora Maria Elena se fez presente, discursou e foi embora, e sequer se desculpou por não ser possível a sua presença durante a dita audiência.
É impressionante como os nossos representantes naquela casa não estão preocupados com uma luta que se arrasta a muito, luta por uma Escola Bilíngue para os Surdos. Escola essa que deveria ser um direito do surdo, pois, este direito está assegurado nas Leis Federal, estadual e Municipais.
A Declaração de Salamanca ( Tratado das Nações Unidas conhecido por garantir o direito à inclusão social e educação pelo deficientes ) deixa esse direito bem claro quando cita que:
1.
Acreditamos e proclamamos que:
• cada criança tem o direito fundamental à educação e deve ter a oportunidade de conseguir e manter um nível aceitável de aprendizagem;
• cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe são próprias;
• os sistemas de educação devem ser planeados e os programas educativos implementados, tendo em vista a vasta diversidade destas características e necessidades;
• as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas se devem adequar através duma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro destas necessidades;
2.
Todas as pessoas com deficiência têm o direito de expressar os seus desejos em relação à sua educação. Os pais têm o direito inerente de ser consultados sobre a forma de educação que melhor se adapte às necessidades, circunstâncias e aspirações dos seus filhos.
Falou-se muito em dificuldades e na impossibilidade de sequer pensar uma escola dessa natureza em nosso município, e a classe bilíngue que há na Escola Professora Adelina Almeida está na iminência de ser desativada. É uma pena que a população petrolinense esteja tão mal representada nos seus direitos. Gostaria de deixar aqui um questionamento aos senhores vereadores: Será que em época de campanha os senhores estão desobrigados das suas obrigações com a Casa Plinio Amorim e com o POVO que lhes confiou a sua representação?
Sebastiana Costa/Leitora
Sra. Sebastiana, inclusão social é só uma palavra bonita, é só uma idéia teórica para os nossos políticos, e para a maioria do povo.
É interessante apenas para quem é deficiente, aliás, deficiente não, especial, pois deficiente são os políticos e gestores públicos.
É impressionante o descaso do Legislativo em uma situação dessas. Tenho certeza que se fosse para aprovar um novo reajuste salarial a Câmara estaria completa!!! Mas a resposta a esse desinteresse todo virá dia 07 de outubro!!!
Os vereadores estão muito ocupados em campanha tentando se reeleger para não perder a mamata. Não se preocupam com inclusão social.
Espero que os petrolinenses vejam e reflitam quando for votar, pra não eleger esse pessoal e outros que já estiveram e tentam voltar pra mordomia. No momento não estão sensibilizados com os problemas dos outros e sim correndo atrás de seus interesses.