Leitor do blog escreve artigo para reflexão

por Carlos Britto // 13 de março de 2009 às 17:40

A nossa origem, como estamos e para onde vamos.

É lamentável que tenhamos tantas cabeças totalmente confundidas, quanto ao papel do Executivo e do Legislativo nas três esferas, municipal, estadual e federal.
A deformação foi aparecendo de forma contagiante e aos poucos parece que a genética se encarregou de transferi-la de uma geração pra outra, ao tempo em que as mutações agravam as anomalias na cabeça de muitos políticos.

O pior é que, concomitantemente, a grande parte da população se contaminou destas anomalias e, somente por esta razão, o processo evoluiu tanto, desconfigurando o discernimento do eleitor na manutenção deste processo de deleterização política da população brasileira.

Por tudo isto me vem uma tristeza profunda. Sinto-me obrigado a admitir o que me parecia exagero do nosso baiano Ruy Barbosa, na célebre citação: “De tanto ver triunfarem as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

Ruy não profetizou coisa alguma, ele apenas projetou no tempo o que já sentia naquela época, há cerca de cem anos. A própria vinda de Deus ao mundo, como Homem sob a forma de Jesus, já objetivava a defesa da humanidade contra a sua própria conduta pecaminosa.
Os promotores do Civismo e da ética têm investido muito na justiça, na liberdade, na honestidade de propósito, e no respeito entre as pessoas.

Mas, lamentavelmente, parece que o Bem, a cada dia, perde para o mau. Eu disse parece. Eu não tenho certeza se o Bem perde para o mau. A gente tem uma sensação de que o mal avança celeremente.
Precisamos continuar lutando e investindo toda nossa inteligência na coroação do Bem.

A sociedade precisa cuidar dos seus cidadãos que não tiveram acesso à educação, orientando-os pela conscientização do que se passa ao seu redor, inclusive combatendo o uso da mídia na promoção do mal e da maldade.
As escolas precisam orientar as nossas crianças também com lições e prática do civismo e da ética. A justiça precisa se despertar do seu berço esplêndido, acelerando o seu trabalho de responsabilizar com penalidades fortes aqueles que andam as margens da lei, independente do seu nível intelectual, social ou financeiro.

E a população precisa dar um salto de boa consciência, expurgando dos poderes eletivos o egoísmo, o interesse pessoal, a vaidade, a prepotência, a desonestidade e a corrupção. A simples aparência não convence mais a ninguém. Primeiro a gente é, pra depois a gente parecer que é. O parecer não é ação nossa é reflexo do que somos e do que fazemos.

È verdade que muitos artificializam suas imagens para confundirem as pessoas.
Quando isto acontece precisamos ser muito fortes e duros com estes falsários, tirando-lhes o poder. Eu conclamaria a todos a se auto avaliarem e a aguçarem suas observações ao comportamento das pessoas. Vamos valorizar o bem e abominar o mau. Assim a vida será mais próspera e o mundo será mais justo.

Josival Amorim

Leitor do blog escreve artigo para reflexão

  1. Josival Amorim disse:

    Em tempo, queiram considerar a correção: Aonde se escreveu “cada político” corrija para: “muitos políticos”.
    Obrigado

  2. Watergate disse:

    Nemlinemlerei

  3. Epaminondas disse:

    Parabens Josival por seu artigo,concordo em numero,genero e grau com as suas colocações.Espero que 100%dos politicos da nossa região leia e reflita.Parabens a Carlos Brito tambem por ter dado a oportunidade de nós leitores ter aceeso a essas colocações.

  4. Sertanejo disse:

    Rui Barbosa foi um gênio nas letras e um desastre na Política. A política é um pacto entre Deus e o Diabo no sétimo dia da criação e quem não acredita nisso corre o risco de ficar como Rui Barbosa. Desinludido. Política é arte.

  5. Silva disse:

    Rui não foi um desastre na política. Por certo na economia. E não foi um gênio somente nas letras, que dominava como mestre. Era insuperável no Direito, nas artes jurídicas. Quanto à política, somente é arte quando se respeitam às leis. Fora disso é malandragem, corrupção, sem-vergonhice. Estão aí os escândalos diuturnos que não nos deixam esquecer. É tudo isso, menos arte. Com certeza, interesses, muitas vezes não coincidentes com os interesses do país.
    Parabéns, Josival, pela lucidez.

  6. Sem Pensar disse:

    Este camarada de Sertânia, certamente se diz político. Política é uma coisa nobre. Alguns político equivocados talvez tenham este pacto. Concordo que a política é uma Arte, mas de fazer o bem para todos. Como Ruy, muitos brasileiros ficam desesperançados de ainda ver a política brasileira como um palco adequado para a prática da sinceridade. Mas, como ele,nós devemos lutar para que as gerações futuras possam ter este privilégio. E terão, porque Deus é maior. Deus não faz pacto com o diabo!

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