Num comentário feito ao Blog, o jornalista Machado Freire informou que a obra inacabada há 30 anos na zona rural de Petrolina, citada pelo ambientalista Vitório Rodrigues ontem (8), foi na verdade a primeira tentativa de transposição das águas do Rio São Francisco. E, pelo visto, fracassada.
Confiram:
Este fato foi denunciado por mim, em matéria de capa do Jornal do Commercio, quando administrei a Sucursal desse jornal durante seis anos, em Petrolina.
A obra inacabada fazia parte de um projeto voltado para a transposição das águas do São Francisco, através do extinto Ministério do Interior, comandado à época pelo ex-ministro Mario David Andreazza.
A obra foi confiada à Construtora Queiroz Galvão, que construiu apenas sete quilômetros de um canal, além dos gastos feitos com a barragem de Cabaceira. Grande parte do material da construção da barragem foi levado por pessoas da região, porque ficaram no meio do mato.
Trata-se, portanto, da primeira tentativa de se fazer uma transposição no rio São Francisco para beneficiar o semiárido pernambucano.
O projeto definia que o canal levaria água para a barragem citada (e outras que seriam implantadas) e através delas chegaria, por gravidade, aos municípios de Afrânio, Dormentes e o Araripe.
Pois é. Apesar do apanágio dos senhores da Arena, comandada pelos Coelho de Petrolina, a obra ficou e permanece inacabada por todo esse tempo. Contem a partir de 1985.
Depois vieram projetos e mais projetos, gastos e mais gastos envolvendo a Codevasf.
O sr.Osvaldo Coelho, que diz defender a irrigação e as regiões de sequeiro nunca deu um PIU sobre essa obra, mas sempre falou nos canais esse e aquele e aquele outro, inclusive o malfadado Canal do Sertão.
Parece com aquela velha e surrada história do “canto da carochinha”, do “são nunca” e da “Igreja do Horto”. Mas está muito mais para a Torre de Babel. Durma-se com um barulho desses, não é meu amigo Josival Amorim?
Machado Freire/Jornalista
Este projeto surgiu de uma bola levantada por Plínio Amorim para Nilo e Osvaldo Coelho, inicialmente, como barragem da Barrinha. Lembro – me do uso deste tema em palanques de algumas campanhas eleitorais das décadas de 50/60. Nada aconteceu até a metade de 70. A idéia foi reoxigenada e ampliada para a barragem de Cabaceira com um bom começo é triste fim já na década de 80. Algo mais extraordinário precisava surgir para justificar as frustrações até aí. E surgiu. Por quanto tempo? Ninguém sabe até quando nutriremos o projeto ainda mais espetacular que é o Canal do Sertão. Espero que seja breve para que a minha geração ainda possa o seu início. Porque a conclusão ou sua inclusão creio não nos seja possível. Kkkk
Possa ver o seu início, já que sua conclusão ou sua classificação como inconclusa para sempre não nos será possível.