Iniciada em Juazeiro a Campanha de Prevenção a Hanseníase e Verminoses

por Carlos Britto // 16 de setembro de 2015 às 20:34

campanha hanseníase e verminosesJuazeiro (BA) deu início à Campanha de Prevenção a Hanseníase e Verminoses (Geohelmitíases) em todas as escolas da rede pública municipal. A iniciativa, segundo informações da assessoria, envolve 31,2 mil estudantes com idades entre 5 e 14 anos. Algumas escolas já receberam a visita da Equipe de Saúde da Família e dos alunos de fisioterapia da Faculdade do São Francisco de Juazeiro (FASJ) para entrega de folhetos de autoimagem, que deverá ser preenchido pelos pais. A campanha segue até 10 de outubro.

O coordenador do Programa da Hanseníase, Carlos Dornels Freire, explica que um dos objetivos é reduzir a carga parasitária em escolares e identificar casos suspeitos da hanseníase. “Os estudantes levarão para casa um formulário de Autoimagem, onde os pais ou responsáveis irão responder e marcar no diagrama se a criança apresentar alguma mancha na pele. No dia seguinte, a equipe da Atenção Básica irá à escola realizar a busca de casos (receber os formulários) e as crianças que apresentarem alguma mancha serão avaliadas pela equipe”, frisa.

As crianças e adolescentes que tiverem manchas suspeitas serão encaminhadas ao Centro de Referência para avaliação especializada com dermatologista. Na escola, todos os alunos na faixa etária receberão um comprimido de Albendazol 400mg, dose única, para tratamento das verminoses.

Transmissão e tratamento

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa. A transmissão ocorre, principalmente, pelas vias respiratórias superiores, pelo contato íntimo e prolongado. Um dos fatores que contribuem para a transmissão é o abandono do tratamento.  Segundo o Ministério da Saúde, todos os casos de hanseníase (que dura aproximadamente um ano) têm cura.

Juazeiro é considerada referência no manejo da doença. Toda rede básica é capacitada para o acolhimento dos usuários que procuram o serviço. as medicações são fornecidas gratuitamente. O programa conta com dois médicos e um fisioterapeuta de referência, além de visitadoras sanitárias e três técnicas de enfermagem. Em 2014, segundo a coordenação do programa, a taxa de cura foi de 95%. Segundo dados do Programa, ano passado foram diagnosticados 133 casos novos de hanseníase, sendo 9 em indivíduos menores de 15 anos. “Quem tiver sintomas da doença, como manchas avermelhadas ou acastanhadas na pele, além da perda de sensibilidade nos locais manchados, deve procurar o posto de saúde mais próximo para avaliar o caso e receber o diagnóstico”, esclarece Freire.  (foto/divulgação)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários