A receita líquida da indústria de máquinas e equipamentos no Brasil chegou a R$ 27,4 bilhões em maio, registrando um crescimento de 26,3% em relação ao mesmo mês de 2024. Os dados foram divulgados na última terça-feira pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O resultado foi impulsionado, principalmente, pela alta na demanda do mercado interno, que movimentou R$ 21,8 bilhões no período. Por outro lado, as exportações caíram 5,9% em relação a maio do ano passado, somando US$ 989 milhões. Segundo a Abimaq, parte da queda é explicada pela redução de 3,5% nos preços internacionais dos equipamentos.
As importações, por sua vez, mantiveram trajetória de alta e totalizaram US$ 2,7 bilhões em maio, um aumento de 5,2% na comparação anual. No acumulado de janeiro a maio, as importações somam US$ 13,1 bilhões, o maior valor da série histórica para o período, com alta de 10,3% em relação ao mesmo intervalo de 2024.
O setor também apresentou melhora na utilização da capacidade instalada, que subiu para 78,9%, e crescimento de 8,3% no emprego, com 419 mil trabalhadores ocupados.
Apesar dos bons resultados no mercado doméstico, a Abimaq alerta para um cenário de desequilíbrio nas relações comerciais internacionais, o que pode afetar a competitividade da indústria brasileira. “A recuperação do mercado interno é positiva, mas o aumento das importações e a queda das exportações preocupam. Isso revela perda de espaço da indústria nacional no cenário global”, afirmou a entidade em nota.
A Abimaq mantém a expectativa de desaceleração no segundo semestre, citando os efeitos acumulados do aperto monetário e um ambiente macroeconômico desafiador, que podem frear o ritmo de crescimento do setor.