Igeprev pode assumir passivo de 200 milhões de empresa de doleiro e conselheiro detona custo de mais de 300 mil para sede do instituto

por Carlos Britto // 11 de agosto de 2014 às 06:20

Nova_FotorÉ dificil a situação do Instituto de Gestão Previdência de Petrolina (Igeprev).

É que a revista VEJA desta semana traz uma reportagem com Meire Bonfim Poza, a contadora do doleiro Alberto Yousseff, que viu, ouviu e participou de algumas das maiores operações do grupo acusado de lavar R$ 10 bilhões de dinheiro desviado de obras públicas e destinado a enriquecer políticos corruptos e a corromper outros com pagamento de subornos.

Segundo a matéria o doleiro pagava propina de 10% para quem topasse apostar em um fundo de investimento criado por ele. Em depoimento à Polícia Federal, conforme publicou reportagem da revista, Meire revelou como o doleiro construiu um império e como o esquema avançou sobre os caixas de prefeituras e Estados como Paranaguá (PR), Cuiabá (MT), Petrolina (PE), Hortolândia (SP), Holambra (PR) e Tocantins.

O mais grave é que que a Marsans Brasil, empresa a qual estava ligada ao IGEPREV, tinha em seu estatuto que em caso de quebra, os investidores deveriam assumir esse passivo.

Tradução: Os previdenciários de Petrolina com os outros dos 06 Institutos de Previdência Própria do país que investiram no FIP Viaja Brasil, estão herdando um débito de mais de R$ 200 milhões

Como o nome de Petrolina aparece na matéria e o Igeprev já começou a ser notificado, o Blog pediu a opinião do conselheiro do órgão, Pedro Caldas, que nos relatou o seguinte:

Carlos Britto ,

O caso é muito sério e enquanto membro do Conselho Deliberativo do IGEPREV de Petrolina tenho defendido a abertura de uma Auditoria Interna sobre este investimento até porque a empresa que sugeriu a aplicação dos nossos recursos no FIP Viaja Brasil – Marsans Brasil, foi a Plena Consultoria que já tinha surgido em matérias do Fantástico acusada de assediar prefeitos e gestores a realizarem tais operações.

O que mais nos preocupa no momento é que a Marsans Brasil quebrou e o IGEPREV juntamente com os outros 06 Institutos de Previdência Própria do país que investiram no FIP Viaja Brasil, estão herdando um débito de mais de R$ 200 milhões. Esta semana já recebemos 02 (duas) notificações da Justiça do Trabalho da 37ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro para comparecer em Audiência que trabalhadores da empresa questionam seus direitos trabalhistas. Passamos de quotista no investimento a sócio da empresa Marsans Brasil, por conta de uma cláusula no contrato.

É muito grave a situação do IGEPREV de Petrolina que o ex-gestor o Sr. Emanuel Ferro deve ser responsabilizado. Agora nos deparamos com a possível necessidade de contratar um escritório de advogacia especializado em Aplicações com um custo de aproximadamente R$ 80 mil, para tentar reverter a situação.

O mesmo gestor investiu cerca de R$ 794.309,82 na construção da nova sede do IGEPREV e em poucos dias deu o 1º Termo Aditivo de Valor de Acréscimo de serviços correspondente a 21% em cima do valor contratual e em seguida o 3º Termo Aditivo de Acréscimo de Serviços correspondente a 2,76%, chegando a obra a quase R$ 1 milhão e a obra está abandonada. 

Para concluir teremos que desembolsar mais de R$ 300 mil numa obra que iniciou em janeiro de 2012. O dinheiro do IGEPREV é a garantia de nossas aposentadorias não se pode brincar de administrar os nossos recursos.

Igeprev pode assumir passivo de 200 milhões de empresa de doleiro e conselheiro detona custo de mais de 300 mil para sede do instituto

  1. Carlos sobral disse:

    É muito grava isso, o mais grave é saber que isso vai ficar assim por que petrolina não tem lei ou a lei so funciona pra ladrão de galinhas.

  2. Cicero Antonio do Nasciemento disse:

    Como uma cidade no sertão de pernambuco, no semi-árido brasileiro, com tantas dificuldades e sinais de pobreza , com tantos imigrantes que vem tentar a sorte na vida, com o trabalho duro na irrigação, muitos dependentes ainda do bolsa família.Petrolina de um tempo pra cá vive nas paginas dos escândalos milionários, seja nas promoção de shows que foi alvo até de investigação direta da policia federal com vários investigados, e o TCE que nada diz sobre isso, fico impressionado com os escândalos que vem atona e fica sem resposta. A PREFEITURA DE PETROLINA, faz uma transação duvidosa, perigosa, danosa pra o Fundo de Previdência dos funcionários, que trabalharam duro pra ter sua aposentaria garantida na velhice.fica uma pergunta: por que fez esse tipo de investimento? é comum fazer? por que não aplicou em imoveis? tão rentável e tão valorizado em Petrolina. por que não comprou títulos do governo, BB, PETROBRAS.etc.. Alguém precisa ser responsabilizado. Quem foi beneficiado com 10%. Petrolina precisa de Resposta.O prefeito é o gestor precisa explicar.

  3. Ricardo Santos disse:

    É muito grave e deve ser apurado. O responsável e ex-gestor do IGEPREV têm que ser notificado e responder pela devida situação que se encontra o instituto. Não adianta culpar gestões anteriores, quando de fato a responsabilidade se faz e se mostra diante da gestão atual do prefeito de Petrolina. Infelizmente não vejo como mudar isso, uma vez que não existe lei que faça valer como autoridade diante de um governo cheio de irregularidades.

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