A falta d’água que atinge diversas comunidades em Petrolina beira o absurdo no Caminho do Sol, zona leste da cidade. O relato da comunitária Jô Ulisses é um bom exemplo disso. Gestante de oito meses e com uma pessoa doente na família, ela conta a batalha que é obrigada a se submeter para conseguir água, ao mesmo tempo em que lamenta a conta mensal de R$ 400,00 que tem de pagar.
Confiram:
Estou indignada e desesperada com a atual situação referente ao abastecimento d’água em minha residência. Já recorri a todos os canais possíveis de atendimento: loja de atendimento da Compesa, atendimento virtual e ouvidoria, e até o presente momento meu problema não tem sido resolvido.
Moro na Rua Mãe Faustina, no bairro Caminho do Sol há seis anos e nunca passei pela situação que estou vivendo. Desde janeiro o abastecimento d’água no meu bairro tem sido precário, só tínhamos água nos nossos lares no final da tarde e à noite. No entanto a situação tem piorado. Há mais de 15 dias que estou sem água na minha residência.
Estou com mais de 8 meses de gestação, na minha casa residem comigo: minha filha de 3 anos, uma senhora idosa portadora de Neoplasia Maligna e meu esposo. Não temos água para fazer comida, não temos água para tomar banho e tampouco realizar a higienização nos banheiros, primordial à saúde de minha mãe.
Estou de fato desesperada com esta falta d’água, e o pior que nenhum dos setores dos quais procurei me forneceu qualquer justificativa do ocorrido ou uma previsão de quando solucionarão o problema.
É muito desconfortante ter que ir para casa de parentes para poder tomar banho ou encher baldes. E o mais revoltante é receber uma fatura no valor de quase R$ 400,00 pelo não abastecimento d’água.
Estou recorrendo à mídia numa medida desesperada de obter pelo menos uma resposta quanto ao problema do abastecimento de água e uma previsão para solucionar o problema.
Jô Ulisses/Comunitária
Parabéns Joelandia pela atitude de cidadania. Temos que buscar nossos diretos. Resido no Park Massangano. Aqui também esta faltando água constantemente. E agora depois das chuvas complicou mais ainda pois não temos saneamento básico e em nossas ruas estão aparecendo crateras enormes. O chão se abre no meio das ruas. Desscaso total por conta dos órgãos responsáveis. Comungo do mesmo sentimento seu. Impotência diante da situação.
Elizabete
Moro no Caminho do Sol também, na avenida Joaozito Barros, e compadeço da indignação da da JO,, porque a meses que passamos por essa decadência, sem o mínimo de atenção por meio dos responsáveis do abastecimento, tínhamos água apenas as 2:00 da madrugada para encher baldes, abastecer caixa de água, mas atualmente nem isso, passamos 8, 8 dias sem água e quando chegou, não tem força nem para sair no chuveiro. Difícil essa situação. A conta sempre vem, não tem desconto por a não prestação do serviço.