O movimento intitulado “Resistência Petrolinense”, que continua ocupando a Câmara de Vereadores de Petrolina, reagiu quanto à decisão de que a audiência com povos quilombolas e indígenas não seria realizada na Câmara, sendo transferida para o Centro de Convenções Senador Nilo Coelho.

O grupo informou, em nota, que limpou e desocupou o plenário, limitando-se a sentar na plateia, e voltou a negar que a ocupação atrapalhe os trabalhos dos legisladores da Casa Plínio Amorim.

Para os manifestantes, a Câmara usa de ‘manobra’ para os colocar como empecilho. Em protesto, eles afixaram vários cartazes (fotos) nos portões da Câmara.

Abaixo, segue a nota do movimento:

Viemos por meio desta nota esclarecer os fatos ocorridos no dia 29 de agosto de 2013, buscando reunir todos os elementos pertinentes ao contexto, de modo que se faça entender, a população de Petrolina, os motivos pelos quais não ocorreu sessão na plenária da Câmara de Vereadores Casa Plínio Amorim.

Recebemos, por meio da vereadora Cristina Costa (PT), a notícia de que a audiência com povos quilombolas e indígenas não seria realizada na Câmara, sendo transferida para o Centro de Convenções.

As razões alegadas para a realização de tal sessão foram de que haveria uma infraestrutura preparada para a a recepção dos povos quilombolas e indígenas pelos vereadores no Centro de Convenções.

Desta forma, acabou por ser prejudicada a interação entre grupos distintos que possuem também distintas reivindicações, assim como a participação das pessoas que estão ocupando o prédio, uma vez que a saída dos ocupantes caracterizaria abandono da ocupação.

O presidente da câmara, Osório Siqueira (PSB), enviou nota à imprensa alegando de que a sessão seria realizada no centro de convenções por conta da ocupação e, ao invés de dialogar com o movimento, está apenas à espera do mandato de reintegração de posse.

Nós, membros do movimento, dizemos que não há empecilho algum para a realização de sessões na plenária. A qual inclusive está sendo preservada pelos ocupantes, os quais realizaram uma faxina na manhã desta quinta-feira de modo que o local estivesse limpo e organizado para receber os vereadores e o público.

Frisamos que não estamos impedindo a entrada de pessoas, e muito menos impedindo os funcionários de exercerem os seus cargos. Inclusive, colocamos cartazes informando os usuários do prédio de que não estamos impedindo as sessões a serem realizadas. Pelo contrário, estávamos ansiosos para participar, como cidadãos petrolinenses que somos, da audiência pública com os povos indígenas e quilombolas.

Atenciosamente,

Resistência Petrolinense