Encontro em Petrolina promovido pela Fundaj debate políticas públicas para semiárido

por Carlos Britto // 24 de outubro de 2019 às 19:30

Foto: Fundaj/divulgação

“Todo homem é um ser local e ninguém se perde no caminho da volta”. Citando o escritor russo Liev Tolstói, inspiração do poeta Ariano Suassuna, o presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Antônio Campos, abriu nesta quinta-feira (24) o 2º Encontro ‘Semiárido e Educação: convergências, impasses e possibilidades’, que acontece até amanhã (25) no Nobiles Suítes Hotel, em Petrolina. Em seu primeiro dia o evento deliberou sobre políticas públicas e direcionamentos para o desenvolvimento de uma educação voltada para o semiárido.

A mesa de abertura foi formada pelo presidente Antônio Campos; o diretor de Pesquisas Sociais (Dipes), Carlos Osório; a coordenadora do Centro de Estudos em Dinâmicas Sociais (Cedist), Edilene Pinto; a coordenadora-geral de formação de professores da diretoria de capacitação técnica pedagógica e de gestão de profissionais de educação do Ministério da Educação (MEC), Vanessa Matos; o secretário executivo da Rede de Educação do Semiárido (Resab), Edmerson Reis; e a vice-prefeita Luska Portela. Estas duas últimas autoridades representando instituições parceiras da Fundaj na realização do seminário.

Mitigar diferenças sociais, promover inclusão social, valorizar o jovem, o professor e o nordestino foram pontuados por Antonio Campos como os grandes eixos de um evento como este, que reúne representantes da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), secretários municipais de educação de todos os estados do Nordeste e do Norte de Minas Gerais, prefeitos de municípios. Ele mencionou também a reedição dos volumes 1 e 2 do livro ‘Conhecendo o Semiárido’, feita pela Editora Massangana e lançada na 12ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, no início de outubro.

Saudando o trabalho de cada integrante da mesa, o diretor da Dipes, Carlos Osório, reforçou que o investimento realizado na educação de crianças são os maiores que se pode fazer, pois são elas que darão o maior retorno social. “Que a gente não termine aqui. Que a gente pense desdobramentos e faça deste seminário uma passagem, que trará a educação para melhores dias”.

Tão forte quanto nosso sol, é forte a nossa sede de fazer daqui um lugar melhor para se viver”, declarou a vice-prefeita de Petrolina, Luska Portela. O desafio da prefeitura, segundo ela, continua sendo pensar proposta na perspectiva da convivência com o semiárido brasileiro para garantir que o povo petrolinense permaneça no local com condições dignas de cidadania em todas as esferas. “Se não mudarmos a educação, não seguiremos por outro caminho“, afirmou.

O evento contou também com apresentação da Orquestra Philarmonica 21 de Setembro, que passeou por um repertório do erudito ao popular. Clássicos como ‘Eu Só Quero um Xodó’ e ‘Gostoso Demais’, do compositor Dominguinhos, foram algumas das canções regidas pelo maestro Hélio Lima e interpretadas pelos 23 músicos componentes da banda, aplaudidos de pé ao fim da apresentação.

Foto: Fundaj/divulgação

Workshop

À tarde, foi realizado um Workshop para apresentar visões que pudessem contribuir na formação política dentro dos princípios da Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido Brasileiro. Simultaneamente ao Workshop, quatro grupos de estudos foram formados dentro das temáticas.

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