Empresa catarinense vai restaurar embarcação histórica que já navegou pelo Rio São Francisco

por Carlos Britto // 06 de outubro de 2020 às 15:22

Foto: Prefeitura de Pirapora/divulgação

O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) anunciou nesta segunda-feira (5) a conclusão do processo licitatório para contratação de empresa especializada para a recuperação do Vapor Benjamim Guimarães, único desse modelo no mundo e que está atracado no porto de Pirapora, no Norte de Minas. A empresa vencedora — INC Indústria Naval Catarinense — foi conhecida em 30 de setembro, dia em que o Iepha-MG completou 49 anos.

O investimento na recuperação do Benjamim Guimarães é de R$ 3,7 milhões, dos quais R$ 74 mil devem ser aportados pelo instituto. A execução da obra está prevista para ocorrer no prazo de seis a oito meses.

A restauração incluirá a recuperação e substituição do casco e das estruturas em madeira (pisos, divisórias, esquadrias e escadas), além do mobiliário. Também serão feitas novas instalações elétricas, hidrossanitárias e de prevenção e combate a incêndio. O sistema de governo, telégrafo e das máquinas alternativas de propulsão também serão recuperados.

A restauração do vapor é um marco para o turismo e a cultura não só da região, mas de Minas e do Brasil. A história da embarcação é relacionada com o processo de implantação da navegação comercial no rio São Francisco entre a segunda metade do século XIX e meados do século XX”, afirma o secretário de Estado da Cultua e Turismo, Leônidas Oliveira. O contrato para recuperação foi assinado em dezembro do ano passado com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A embarcação, construída em 1913 pelo estaleiro norte-americano James Rees e Sons, estava parada nos últimos seis anos, quando foram identificados problemas estruturais que comprometiam a segurança dos usuários.

História

O Vapor Benjamin Guimarães já navegou no rio Mississipi (EUA) e, posteriormente, em rios da bacia Amazônica. No rio São Francisco, navegou até 2014 e, por várias décadas, foi usado para levar cargas e passageiros no trecho Pirapora (MG) a Juazeiro (BA), servindo até no transporte de tropas do Exército Brasileiro durante a II Guerra Mundial (1939-1945). Com capacidade para transportar até 140 pessoas, entre tripulantes e passageiros, o vapor tem três pisos: no primeiro, estão a casa de máquinas, caldeira, banheiros e uma área para abrigar passageiros; no segundo, se encontram 12 camarotes; e, no terceiro, há um bar e área coberta. O barco foi tombado pelo patrimônio estadual em 1985. (Fonte: O Tempo-MG)

Empresa catarinense vai restaurar embarcação histórica que já navegou pelo Rio São Francisco

  1. Eudásio Mendes de Sá disse:

    Ainda quero ver o Benjamin Guimarães chegando ali em Juazeiro-BA.

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