A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, abriu espaço na sua agenda em Petrolina, na manhã desta quinta-feira (30), para atender a imprensa local. Numa entrevista coletiva realizada no Nobile Suites Del Rio, área central da cidade, a gestora foi questionada sobre vários assuntos – entre eles, inevitavelmente, os de teor político.
Perguntada sobre a nomeação de 22 ex-prefeitos do Estado para sua equipe, Raquel evitou afirmar que já está de olho em 2026. Citando ex-gestores do Sertão que passarão a assumir assessorias especiais no governo – a exemplo de Rafael Cavalcanti (Afrânio), Vilmar Cappellaro (Lagoa Grande) e Raimundo Pimentel (Araripina) –, Raquel justificou que eles chegam para “somar forças” em prol desenvolvimento de Pernambuco.
“Foram prefeitos que dedicaram sua trajetória à construção de suas cidades e vão nos ajudar no Governo de Pernambuco a sermos mais assertivos, mais eficientes e, junto com nossos deputados e deputadas, prefeitos e prefeitas, fazermos mais entregas de maneira mais rápida”, afirmou.
Relação com o PT
Raquel também minimizou a relação política com o Partido dos Trabalhadores (PT), o qual se mostra disposto a ser oposição ao governo – conforme declarou recentemente o senador e uma das principais lideranças da legenda, Humberto Costa. A gestora fez questão de ressaltar que o PT “continua sendo parceiro” da gestão. Ela disse, inclusive, ter participado de uma reunião na residência do casal Odacy e Dulci Amorim (ambos da legenda), que teve a presença de outros gestores municipais da região que assumiram recentemente seus mandatos, mostrando a eles a forma de como ela vem conduzindo o governo. “Diferente de dois anos atrás, que não tínhamos recursos, que o Estado estava em dificuldades muito grandes. Não é que a gente esteja em condições ideais, mas hoje a gente pode fazer muito mais”, avaliou.
Segundo Raquel, até agora o PT vem colaborando com o Estado por meio da aprovação, na Assembleia Legislativa (Alepe) de projetos de lei de autoria do Executivo, mesmo não fazendo parte diretamente do bloco governista. Ela também lembrou que a retomada do crescimento de Pernambuco, com grandes obras de infraestrutura em Petrolina e em outras regiões do Estado, só está sendo possível por conta dessa sintonia com o governo federal, que havia sido quebrada.
A governadora frisou que está sempre disposta a receber pautas de todas as legendas de sua bancada na Alepe – e também do PT e da Federação. “O nosso trabalho é unir Pernambuco. Não serão cores partidárias que nos desviarão do nosso caminho. A gente precisa ter um Estado unido para que a gente possa crescer. A região do São Francisco é um grande exemplo de desenvolvimento, mas carece de investimentos, como esses que a gente anunciou aqui”, pontuou.
Em Petrolina, a governadora confirmou novos investimentos em abastecimento d’água e prestigiou a entrega de uma nova subestação da Neoenergia, além de entregar a professores da rede estadual notebooks do Programa ‘PE+Digital’.
Raquel não é boba.
Ela vive política desde cedo.
Toem cuidado.