Em artigo, leitor questiona leilões do Country Club em Juazeiro

por Carlos Britto // 08 de novembro de 2012 às 13:00

O lazer e alegria deram lugar ao abandono e a um amontoado de dívidas. É exatamente assim que está o Country Club, em Juazeiro. Um dos sócios do clube, o leitor João B. de Mello, escreveu ao Blog revoltado com a situação em que se encontra o local. Ele questiona os leilões anunciados pela Justiça e lamenta o abandono quando fala que o Country “agoniza” e é alvo constante de vândalos.

Confiram seu relato:

“Como sócio remido do São Francisco Country Club, venho questionar a Justiça trabalhista e a Justiça Federal sobre os anunciados leilões do tradicional Country Club de Juazeiro.

Sabemos que há um ano o Ministério Público Federal (MPF), em Petrolina, ordenou que o Ibama em Juazeiro embargasse a ilha do Country Club, inaugurada há 13 anos, levando o mesmo, que já vinha mal das pernas, à falência total. Quase todos os sócios deixaram de pagar a mensalidade de 30 reais. A justiça fecha a ilha do clube alegando que a mesma está dentro da APP (Área de Preservação Permanente) dos 500 metros. Sendo assim, porque não fechou a marina do Iate de Petrolina? E a Ilha do Sol? As barracas do Rodeadouro? A sede da Univasf E tantas outras edificações? Os sócios e seus convidados não podem usar a ilha que está tomada por vândalos que queimam tudo por lá. E a Justiça não faz nada.

Pelo que se tem conhecimento, o clube está penhorado pela Justiça do Trabalho há tempos, cuja dívida ultrapassa 1 milhão e 700 mil reais. O local foi levado a leilão em Senhor do Bonfim por uma questão de 1997 e outra de 2005, mas ninguém arrematou. Agora é a Justiça Federal que está anunciando um novo leilão para o dia 9 de novembro. A dívida do Country Club com a Fazenda Federal, segundo se sabe, ultrapassa mais de 1 milhão e 500 mil reais. Toda esta dívida acumulada ao longo de décadas e a bomba explode agora.

Então, eu pergunto: Se alguém arrematar o clube neste leilão de sexta feira, pelo valor mínimo de 2 milhões de reais, leva? E o restante das sentenças e das dívidas com a Justiça do Trabalho e a Justiça Federal, que chegam a mais de 3 milhões de reais?

Acredito que este é mesmo um problema federal e ninguém brinca de apostar dinheiro em pepino grande. A Justiça trabalhista avaliou o clube em 6 milhões de reais e a Federal em 4 milhões. Pode existir essa contradição?

Na última reunião que participei, a diretoria mostrou vários processos impagáveis. Sem dinheiro para nada, o velho Country Club, desprezado por todos e alguns que ainda preferem apenas acusar e procurar culpados, agoniza e vai empurrando com a barriga vazia.

João B. de Mello/ Leitor

Em artigo, leitor questiona leilões do Country Club em Juazeiro

  1. Jair Lima Lopes de Vasconcelos disse:

    Não sou a favor de algumas medidas extremas que o MPF vem tomando na regiao, mas em relação ao Conutry Club não poderia ser diferente. Privatizar uma ilha é por demais absurdo. Assim como os condomínios nas duas cidades e o Círculo Militar, que mopolizam as respectivas margens do rio. Agora, os restaurantes do Rodeadouro; a obra da UNIVASF; a futura Orla III e outras são para todos.

  2. Ricardo disse:

    Infelizmente, isso parece ser uma medida visando denegrir a imagem da cidade. Acabar com um espaço de lazer dos juazeirenses. Pois se a ilha do Country está em área de APP (Área de Preservação Permanente), muitos outros ambiente também o estão, principalmente em Petrolina, como o Iate Clube, o Círculo Militar, Ilha do Sol, a parte rebaixada da Orla de Petrolina… Então porque o o MPF (em Petrolina) não manda embargar essas edificações? Só porque ficam em Petrolina? Tem coisa estranha aí… Não vamos ficar calados.

  3. Evandro disse:

    Tudo bem. Não se deve privatizar ilhas. Porém já que o clube já se utiliza da ilha como parte itegrante das suas intalações, já fez um investimento nas piscinas e equipamentos, nada mais justo que ceder a ilha e parte da APP para o clube. Poderia ser feito um acordo a título de concessão. Por exemplo, o clube teria direito de utilização da ilha por 30 anos. Nesse período seriam avaliadas as condições de preservação, conservação e respeito ao meio ambiente e as ações do clube para recuperação de matas ciliares e manutenção da APP. Assim, caso essas avaliações não tivessem dentro do esperado o clube perderia o direito à utilização e seria aberto concorrência pública para tal. Simples assim…

    1. José Carlos disse:

      A mata ciliar ao redor da ilha do country esta intacta e completamente preservada, os equipamentos se encontram no centro da ilha. É só olha nas fotografias aéreas. Inclusive a do post.

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