Representante das comunidades indígenas no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), o cacique Uilton Tuxá fez uma análise bastante realista acerca da crise hídrica que afeta a região.
Semana passada, na Casa Plínio Amorim, Uilton Tuxá declarou que esse conflito pelo uso múltiplo das águas do Velho Chico – seja entre irrigantes, pescadores, indústrias e as várias comunidades ribeirinhas – terá de dar espaço por uma “ampla mobilização” de toda a sociedade.
Sem meias palavras, o cacique afirmou que o rio “está morrendo” e defender o que sobrou deve ser algo de interesse coletivo, haja vista a importância econômica do Velho Chico para o país. “O Rio São Francisco vive uma crise profunda, há três ou quatro anos. Agora não é hora de brigar por quem quer mais água ou menos água. É hora de preservarmos o que nos restou”, disse Uilton Tuxá.
Amanhã (3), no Dia Nacional de Mobilização em Defesa do Rio São Francisco, o cacique e representantes de organizações governamentais e não governamentais de Petrolina e Juazeiro da Bahia participarão de atos públicos para chamar a atenção das populações das duas principais cidades do Vale do São Francisco para o problema.