Crise na saúde pública de Juazeiro é debatida na Câmara Municipal e vereador diz que boato sobre fechamento da UPA é ato de “terrorismo”

por Carlos Britto // 21 de maio de 2019 às 08:52

Câmara de Juazeiro-BA. (Foto: Ascom CMJ/Divulgação/arquivo)

A crise na saúde pública de Juazeiro (BA) foi debatida na sessão de ontem (20) na Câmara Municipal e teve vereador que disse que o boato sobre o fechamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), disseminado nas redes sociais no último final de semana, é um ato de “terrorismo”.

Como já divulgamos na Coluna do Blog desta terça-feira (21), a vereadora Neguinha da Santa Casa (PMDB) voltou a engrossar o tom contra os municípios vizinhos que enviam seu pacientes para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade e pouco colaboram. Para ela, o equipamento de saúde deveria ser só para os pacientes de Juazeiro por que a participação dos outros municípios é mínima possível. “Hoje o que nós recebemos é 300 mil reais, mas o que se gasta é um absurdo, é mais de R$ 1 milhão“, disse a vereadora.

Anderson da Iluminação considerou um ato de “terrorismo” o boato sobre o fechamento da UPA. “Isso se chama terrorismo com as pessoas. A nossa UPA atende cerca de 7 mil atendimentos por mês, desses cerca de 2 mil são de outras cidades. Quem paga a conta? É a Prefeitura de Juazeiro. É esse assunto que debatemos, inclusive já fizemos reuniões com o prefeito que foi bem claro e disse: ou o governo Estado nos ajuda, juntamente com o Federal ou teremos que tomar outra providencia. Inclusive já aprovamos o Projeto das Organização Sociais, é um caminho e demos essa oportunidade ao prefeito“, pontuou.

Florêncio Galdino (PDT) por sua vez ressaltou que o compromisso do município é com seus habitantes. “Nós juazeirenses estamos pagando um preço muito alto por essas pessoas que vem de fora. Juazeiro está penalizando os seus pacientes justamente por uma obrigação que não temos. O compromisso do prefeito e desta Casa é com o povo de Juazeiro“, destacou.

Já Charles Leal (PDT) disse que é preciso buscar uma solução, mas que não se pode culpar o Governo do Estado. “Mais uma vez eu defendo o governador do Estado da Bahia, Rui Costa. Dizer que ele não fez investimento na saúde é um engano e uma mentira. Agora vai inaugurar uma Policlínica, um Hospital de Oncologia. Há pouco tempo atrás foram entregues mais de 1 milhão de reais em matérias no Hospital da Criança e na Maternidade. Um tomógrafo que custa mais de 5 milhões foi trazido de fora do pais para Juazeiro. A saúde não é só a UPA e a maternidade, são os postos de saúde, o atendimento básico. Vamos cuidar disso“, declarou.

Anastácio (PCdoB) pediu que o Governo do Estado ajude a saúde de Juazeiro. “Nós não podemos ficar, de forma alguma, calados. Por que é um problema que vem se arrastando há anos. Nós não somos subservientes de governo. Vereadores foram colocados pelo povo, e se clamam, temos que dá resposta. Tenha certeza que nosso prefeito tem suas dificuldades e ele tem passado situações para nós. Se alguém pode nos ajudar é o governo do Estado. Se o governo está ajudando outras cidades, por que não Juazeiro. O Governo tem que tomar responsabilidade“, lembrou.

Presidente

O presidente Alex Tanuri encerrou a sessão dizendo: “Parece que a oposição em Juazeiro continua do mesmo jeito… Ainda continua no palanque, ainda continua no discurso” e dirigindo-se à oposição voltou a conclamar: “Vamos aproveitar oposição de Juazeiro. O Presidente (Bolsonaro), está aqui sexta-feira. Vamos lá pedir ajuda, soluções e não perseguição. Vamos ajudar. É um momento de dificuldade, não importa se é o PC do B, o PT, não importa se é o PSL que está no poder. Quem está sofrendo é o povo de Juazeiro, da Bahia e do Brasil“. “É isso que eu peço, como Presidente da Casa, como chefe de um poder, juntamente com esses vereadores que querem buscar uma solução o mais rápido possível“, encerrou.

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