Coluna do Blog

por Carlos Britto // 24 de janeiro de 2019 às 07:00

Foto: Ascom Compesa/divulgação

Prefeitura de Petrolina e Compesa tentam se acertar

Prefeitura de Petrolina e Compesa finalmente sentaram-se à mesa para tentar um diálogo. O fato ocorreu ontem (23), durante audiência com representantes dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, na sede do MPF. Participaram da reunião o prefeito Miguel Coelho, o presidente da Compesa Roberto Tavares, o procurador Filipe Albemaz Pires e a promotora Rosane Cavalcanti.

As duas partes terão uma missão, conforme acordado, nos próximos 30 dias de fazer um levantamento conjunto da atual situação do sistema de água e esgoto no município, além de apresentar uma relação das áreas urbanas não saneadas, para que possa servir de subsídio com vistas à elaboração de uma minutado Plano de Metas.

A primeira apresentação do documento ficou marcada para 12 de março, quando serão mostradas as condições para encerrar as pendências jurídicas que permitam à Compesa realizar as obras.

O presidente da Compesa, Roberto Tavares, já disse a este Blog que o histórico de investimentos da Companhia na cidade, nos últimos dez anos, vão em R$ 200 milhões. Ratificou ainda que a empresa tem recursos assegurados para recuperar toda a bacia dos Bairros Dom Avelar e Antonio Cassimiro, provenientes de convênio entre Compesa e Caixa Econômica, mas esses recursos não foram utilizados pela “insegurança jurídica”, por conta da briga com a prefeitura. Tavares argumentou que toda vez que o município e a Compesa ficam nesse entrave, a população sai perdendo.

Mas não é bem assim que a banda toca. A Compesa arrecada muito dinheiro em Petrolina, e com esse dinheiro sustenta municípios próximos. E outra: a Compesa está longe de cumprir esses serviços que diz a Petrolina. Pode até ter investido, mas tem lucrado muito mais. Não se pode olhar para o rio, e faltar água, e isso não pode ser culpa da prefeitura.

A Compesa também atribuiu ao município a responsabilidade pelo esgoto, quando é ela quem arrecada pelo serviço. Não que a prefeitura não tenha sua parcela de culpa, e deve ter. Mas a Compesa usa esse artifício quando a população cobra que a empresa arrecade e invista na mesma proporção. Quanto a Compesa arrecada e investe? Essas são perguntas sempre sem resposta.

No fim, prefeitura e Compesa têm de fazer sua parte, porque é a obrigação delas em prol da população. Lembramos de um certa informação divulgada pela Companhia, de que a conta dos consumidores ia chegar a partir de então por e-mail. E um leitor deste Blog disse o seguinte: “ao invés de conta por e-mail, precisamos de água pela torneira, e que nós não temos”.

Mototaxistas e a oposição

A insatisfação de mototaxistas de Juazeiro (BA) pode ser um prato cheio para a oposição na Câmara Municipal. O retorno dos vereadores deve acontecer no próximo dia 11 de fevereiro e o assunto, pelo que se observa, deve permanecer quente até lá.

Irmão Lázaro e os gastos

Candidato derrotado ao Senado, o deputado federal Irmão Lázaro (PSC) gastou R$ 25,5 mil da cota parlamentar para manter publicidade em janeiro, segundo o site Bahia Notícias. Prestes a deixar o mandato – dia 31 de janeiro –, o cantor-parlamentar gastou para veiculação de outdoor nas praças de Ilhéus, Juazeiro, Alagoinhas, Paulo Afonso, Feira de Santana e BR-324, conforme nota fiscal eletrônica, disponibilizada pela Câmara dos Deputados.

Cotados para 2020

Pelo menos três vereadores de Cabrobó (PE), no Sertão do São Francisco, tiveram seus nomes cogitados pela imprensa local como prováveis pré-candidatos ao governo municipal nas eleições de 2020. Ramsés Sobreira, Marcos de Neuma e Suzana Freire são opositores declarados ao prefeito Marcílio Cavalcanti e costumam soltar o verbo na Casa Legislativa contra a atual gestão.

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