Coluna da Folha: A ‘guerra fria’ entre Lucas Ramos e Miguel Coelho

por Carlos Britto // 31 de março de 2021 às 07:07

Em Petrolina, no Sertão do São Francisco, uma ‘guerra fria’, vira e mexe, acende a chama da discussão entre os dois mais jovens representantes da política sertaneja. O prefeito Miguel Coelho (MDB) e o secretário de Ciência e Tecnologia, Lucas Ramos (PSB), vivem se estranhando. Eles começaram praticamente juntos na vida pública. Um é filho do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), e outro filho do Conselheiro do TCE-PE, Ranilson Ramos e, mesmo já tendo marchado juntos no passado, já disputavam quem ascendia mais.

Miguel virou deputado, prefeito de Petrolina e foi reeleito. Lucas virou deputado estadual, foi reeleito e depois virou secretário estadual. Rompidos politicamente, Miguel, sempre que pode, cutuca o governador Paulo Câmara (PSB); Lucas é o defensor oficial do governo e tenta o protagonismo como o player de oposição a Miguel na cidade, vaga aberta com o arrefecimento dos nomes do ex-prefeito Julio Lossio (PSD) e Odacy Amorim (PT).

A nova celeuma se deu quando Miguel Coelho manifestou-se contrário à última decisão e pediu a suspensão do reajuste ao governador Paulo Câmara, sobre o aumento de combustível de automóveis e motocicletas. O prefeito, em sua argumentação, citou que Pernambuco tem mais de R$ 1,9 bilhão em caixa e houve, no último ano, acréscimo de 14% na receita obtida através de ICMS.

Lucas devolveu dizendo que a retórica do prefeito Miguel Coelho assusta. Lucas alfinetou o prefeito dizendo que “ainda em dezembro, decidiu aumentar o IPTU da cidade em 18%, além de ter promovido reajustes em outros tributos municipais. Nesses casos, ele poderia sim usar a caneta e revogar os aumentos. Preferiu não fazer”.

Nada de seleção

Depois de constatar falhas no processo seletivo da Prefeitura de Parnamirim, o Ministério Público de Pernambuco recomendou que o prefeito Ferdinando Carvalho, o ‘Nininho’, anule a seleção. A promotora de Justiça, Juliana Falcão, orientou a prefeitura a realizar um concurso público para o preenchimento dos cargos. Em 2018 o órgão já havia emitido uma recomendação para a prefeitura realizar concurso que nunca saiu do papel.

Só mais na frente

Enquanto cidades do Interior do Estado passam até 15 dias sem água pelas torneiras, a Compesa deveria postergar o vencimento das contas e adiar os cortes de fornecimento. “É preciso mais diálogo porque a solução não vai vir de dentro de um gabinete, mas sim, depois de se ouvir quem está vivendo na pele, querendo preservar vidas e seu negócio”, disse ela.

A velha normalidade

O deputado estadual Tony Gel (MDB) pediu ao governador Paulo Câmara pressa, e já acredita que no próximo fim de semana as feiras do Polo de Confecções do Agreste possam voltar ao horário normal. Ele também acredita na volta do comércio formal da cidade.

Tábua de pirulito

A população de Triunfo não perdoa o Governo Paulo Câmara. Cidade turística com uma temperatura de fazer inveja em pleno Sertão pernambucano, Triunfo sofre com sua rodovia do acesso tomada por imensas crateras. E faz tempo que o descaso é registrado. A PE-365, que liga Triunfo a Serra Talhada, é uma verdadeira tábua de pirulitos. Gigante.

Coluna da Folha: A ‘guerra fria’ entre Lucas Ramos e Miguel Coelho

  1. petrolinense disse:

    Quem trouxe mais investimentos para Petrolina, aliás quem trouxe algum investimento para Petrolina?

  2. Sempre Atento disse:

    Sobre aumento do IPTU ninguém se lembra,atirar nós outros é muito fácil,apesar que esse governo é uma negação.

  3. O BLOGGUEIRO o caçulinha do Vale do Sao Francisco disse:

    Lucas Ramos trouxe o que mesmo para Petrolina??????????????????????????????? aliás ele não sabe de nada de Petrolina….

  4. Defensor da liberdade disse:

    A mídia petrolinense inteira ficou calada sobre o aumento do IPTU.

  5. Chakal_Up disse:

    Os dois aumentos (IPTU e ICMS) foram um absurdo! Sem esquecer do IPVA que foi majorado em 2015 e o que era para ser provisório corre-se o risco de torna-se permanente. O cidadão já se encontra com a corda no pescoço de tanto tributo que paga e na calada da noite os governantes dessa Província Socialista aumentam ainda mais.

  6. O POVO TÁ DE ÔLHO disse:

    O correto seria não se fazer da política uma profissão, como assim vem sendo, o povo tem se tornado meros escravos dos desmandos dos políticos, que não rara vez, não se contentam com os vários penduricalhos agregados aos altos salários, ainda praticam rachadinhas, ou seja, emprega os assessores e esses dividem os salários com os próprios, mais percentuais em obras que dizem ter conseguido, mais dinheiro por baixo do pano para aprovarem projetos dos executivos, mais etc.etc.e povo, meros mortais ainda batem palmas. Para mim, político é isso aí, nem mais nem menos.

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