Artigo: Sem música em bares e restaurantes, petrolinenses perdem o teatro da vida

por Carlos Britto // 28 de março de 2013 às 07:40

Música_640x480A decisão judicial que proíbe o som em bares e restaurantes de Petrolina sem licença dos órgãos ambientais ainda repercute fortemente na cidade. Não apenas os proprietários estão sendo prejudicados com a determinação. Nessa história, os músicos são penalizados financeiramente e ainda ficam impedidos de fazer aquilo que mais gostam: cantar.

É exatamente isso que retrata um artigo enviado pelo empresário da área gastronômica, Kleber Dantas. De maneira até poética e melancólica, ele conta como a música é importante para a sobrevivência de cada um. Intitulado “Sem música perdemos o teatro da vida”, o artigo descreve que todos os sentimentos, ações e até o futebol, a religião e a política são envolvidos pelos sons, pela música.

Confiram:

“Não, não, mil vezes não, no que depender de mim jamais deixarei meu povo morrer no silêncio! Pode misturar amor e ódio, verdade e traição, bom e ruim, céu e inferno, e isso pode até confundir durante um tempo. Porém, ao separar o joio do trigo se faz necessário o eco da alma para fazer a escolha certa que só se propaga na música, pois a alma só afasta os maus sentimentos para salvar os bons quando escutar o som da verdade.

Não vamos reinventar a roda, agora girar ao contrário é mergulhar no abismo no qual você já foi salvo. Mozart, aos seis anos de idade, já era músico. Beethoven quando surdo foi mais música, pois antes ele ouvia e tocava suas partituras, depois da surdez batia no chão para ouvir o chão vibrar em sua alma e conseguiu encantar nossos tímpanos.

Não estou medindo forças ou desrespeitando o poder ou quem o detém, todavia até o veredicto de um tribunal precisa ouvir o som do martelo que finaliza e publica o resultado de uma sentença.

Não tirem de nossa gente o som do amor, não deixem parar as vozes que conjugam os verbos de nossa existência. Quando nascemos, só o som do nosso choro publica o primeiro sinal de luta por nossa sobrevivência. A nossa eterna busca do amor, da paz, da fé, do feliz, do sublime, enfim da plenitude que Deus espera de nós: tudo isso propaga o som dos nossos passos caminhando na direção da verdade.

Religião, política e futebol não se discutem, mas tem lá seus sons particulares. Se extraírem o que quero ouvir minha alma mergulha na quimera para ouvir o som que sempre busquei. Preciso da música, e só assim deixar minha alma em paz.

E o livre arbítrio? O direito de ir e vir? Que sem música se tornam um tanto enfadonho? Eu tenho dó. E não vou de RÉ. Preciso de você perto de MI. E que não fiques FA… Espero-te no SOL. Que você esteja LÁ, escutando a música que toca em SI.”

Kleber Dantas/ empresário

Artigo: Sem música em bares e restaurantes, petrolinenses perdem o teatro da vida

  1. Mão branca disse:

    Triste Petrolina…

  2. Válter disse:

    Quando cheguei em Petrolina, para morar definitivamente, 11 anos atrás, o que encontrei foi uma cidade hiper alegre. Com uma juventude tocando violão, jogando xadrez, se divertindo indo nadar no velho Chico. Petrolina era a cidade dos sonhos para qualquer um! Os barzinhos, sempre lotados, com seus caldinhos de charque e suas vozes e violões eram um capítulo a parte; onde a beleza da arte fundia-se com a realidade da vida e a tornava mais feliz.
    O tempo passou. Petrolina cresceu. E, crescendo, os problemas começaram a aparecer. Já não vejo os jovens jogando xadrez nas ruas… tocando violões nas calçadas. Até mesmo o velho Chico ficou meio distante pois está um esgoto só, ali na nossa orla.
    Com os barzinhos e suas vozes e violões, não poderia ser diferente.
    A voz e violão – que deveria ser som ambiente – transformou-se em algo gritante e irritante.
    Chegamos nos bares e o que temos são artistas querendo que toda a atenção seja para eles e não se dão conta de que os frequentadores ali do bar também querem conversar, falar besteiras, beber cervejas e simplesmente curtir o momento.
    Não apenas Petrolina precisa de música, pois música é vida!! É aprendizado! A humanidade inteira precisa de mais música. Mas… os artistas e os proprietários dos bares locais, devem colocar limites de decibéis para que o momento de prazer não se transforme em tortura irritante.

  3. ROMILDO disse:

    Infelizmente, os protestos ecoam daqueles que tiveram temporariamente seus ganhos financeiros reduzidos, mas não ouvi ainda os protestos dos moradores e vizinhos dos bares e restaurantes que deveriam bradar pela vitória de um sono melhor. acredito que esta medida ira melhorar os índices de barulho na Av, são francisco – Areia Branca e nos bairros periféricos além da redução da criminalidade e acidentes provocados por motoristas que bebem na apreciação da “boa música” e vão dirigir.

  4. Marivaldo disse:

    Àqueles que estão criando obstáculos para a MÚSICA e seus executores, até parecem que não desejam essa CULTURA e também são insensíveis dentro de seus egoísmos que não percebem que várias FAMÍLIAS dependem dela (MÚSICA) para sobreviverem!

  5. Oliveira Assis disse:

    Mais uma vez venho aqui rechaçar a escolha de vocês. A grande maioria dos musicos que hoje estao sem tocar são eleitores da atual gestão. Digo isso porque conheço varios que na epoca de campanha ecoavam o grito que votavam de graça e seriam felizes. Que eram do bem. Portanto meu caro, mais uma vez o tiro saiu pela culatra. Voces agora estao vendo e sentindo na pele o que a turma do bem de vocês está fazendo. Parabéns pela escolha, pois como vocês mesmos diziam: “QUEM COLHE, PLANTA!” “DEUS E O POVO QUIS ASSIM”

    sem mais!

  6. SEM MEDO disse:

    ESSAS PESSOAS QUE STAO FAZENDO ISSO NÃO GOSTAM DE MUSICAS SÃO PESSOAS SEM ALMA SEM VIDA.
    AS AUTORIDADES AO ENVES DE SE PREOCUPAR COM OUTRAS COISAS MAS IMPORTANTE ESTÃO FAZENDO UMA SAFADEZA DESSA, A SAUDE DE PETROLINA ESTA UMA MERDA NOS NÃO TEMOS PREFEITO ESSE QUE ESTA AI E UM DOS PIORES QUE PETROLINA JA TEVE E NINGUEM FAZ NADA, KD A JUIZA QUE NÃO VE ISSO

  7. Opa!!! disse:

    Os abusos existem, e por conta deles vocês músicos e proprietários deveriam observar. Não exageraram? ou tudo isso é faz de conta ou uma anedota que fizeram? Opa!!!

  8. CONVITE disse:

    ahhhhh vem pra Juazeiro gente… fica assim não!
    rsrsrs

  9. Maria disse:

    Diminuam o barulho!
    Custa colocar o som somente no ambiente sem pertubar os outros?
    As chamadas músicas que tocam, verdadeiros barulhos, são as piores possíveis.
    Sou a favor dos artistas, dos músicos, mas também sou a favor do respeito, pode-se muito bem fazerem suas apresentações, os bares oferecerem atrações e devem fazê-lo sim, pois ir a um bar, e não ter música, é perda de tempo, melhor ficar em casa. Agora, também tem que se ver se não está agredindo o direito do outro de ter sossego. Então, coloquem o som, toquem suas músicas, seu violãozinho dentro do ambiente somente para os frequentadores ouvir e está tudo bem.

  10. Dreda disse:

    Ninguém pode dizer que precisa incomodar os outros para sobreviver. Quem quiser oferecer música ambiente, que a ofereça somente no ambiente da música. É inadmissível incomodar toda a vizinhança, inclusive os bares vizinhos, alegando que são pais de famílias. Ninguém é contra a música. O que somos contra é o som muito alto, incomodando quem não tem nada a ver com determinado bar.

  11. Marluce Rodrigues disse:

    EU PERGUNTO: E ESSES MÚSICOS QUE DIZEM ESTAR PASSANDO NECESSIDADE, SÓ VIVEM DE TOCAR? DURANTE O DIA NÃO TRABALHAM EM NENHUM EMPREGO? PORQUE O QUE SE SABE É QUE MÚSICA SÓ DÁ DINHEIRO A QUEM É FAMOSO, O QUE NÃO É O CASO DOS QUE TOCAM EM BARES. OS PROPRIETÁRIOS DE RESTAURANTES E BARES DEVEM PENSAR NA POPULAÇÃO QUE MORA PERTO DE SEUS ESTABELECIMENTOS E NÃO SÓ NO FATURAMENTO. VAMOS CHEGAR A UM CONSENSO PARA QUE NÃO PREJUDIQUE NENHUMA DAS PARTES. QUANTO AO DEPUTADO GONZAGA, ELE TEM MAIS O QUE FAZER LÁ EM BRASÍLIA.

  12. UMBERTO ALVES disse:

    ERA UMA VEZ UM VIOLÃO, QUE SOAVA NUM DESLIZE DOS DEDOS DO ARTISTA, QUE POR SUA VEZ POSSUI O DOM DA MÚSICA, O DOM DE FAZER AS PESSOAS FELIZES;
    ERA UMA VEZ UM PROFISSIONAL, QUE SENTIA-SE ORGULHOSO DE SE APRESENTAR NA BELA CIDADE DE PETROLINA; QUE TRANSFORMAVA A NOITE TRISTE EM MOMENTOS DE ALEGRIA;
    ERA UMA VEZ UM APRECIADOR DA BOA MÚSICA, QUE HOJE PRECISA IR À BAHIA, PARA MATAR A SAUDADE DO DIA EM QUE PODIA OUVIR MÚSICA DO LADO DE CÁ;
    JUAZEIRO NÃO SIGA O EXEMPLO DA NOSSA TRISTE CIDADE. CANTE, APRECIE A BOA MÚSICA E VALORIZE OS NOSSOS ARTISTAS, POIS OS MESMOS PRECISAM DA SUA SOLIDARIEDADE.

  13. judeu disse:

    ÀÀÀÀÀÀ M´rda com todos os bares da cidade que sao feios e desajeitados.Bar tem que ter isolamento acustico. Alem dos musico que deveriam ter bom senso.Quer ter musica ao vivo …Ao menos tenha um espaco adequado… que nao invada a calçada. Coloque um ar condicionado … Poiba a entrada de Short… Sejam dignos.

    … Poxa

  14. MPPE se ocupe com coisas relevantes disse:

    O MPPE tendo tanta coisa pra fazer e vem é atrapalhar a diversão do povo, a economia da cidade, a economia familiar. É difícil entender estas entidades! O MP devia ir brigar contra o município para parar de jogar esgoto no rio(Façam isso, pelo amor de Deus, que o Xico está morrendo). Fazer algo para o meio ambiente, as plantas em Petrolinas não sejam cortadas e a cidade não ficar ainda mais quente. Tanta coisa relevante esta maravilhosa entidade pode fazer e resolve exatamente atrapalhar algo que é um traço característico de Petrolina, do qual nós tanto nos orgulhamos. Adoro ir ao Bodódromo “””ouvir música boa”””, comprar um bode feito delicioso, ser bem servida por pessoas simpáticas. Se o MP foi feito para defender o interesse da coletividade, pois que o faça, não o inverso. MPPE, eu acredito em você, surpreenda-nos, faça algo que torne o município melhor. Algo realmente importante para o povo.

  15. Opus Dei disse:

    Os músicos já obtiveram técnica para tocar e cantar. Falta adquirir a técnica para encantar quem está no barzinho. São contratados para fazer música ambiente, de fundo, e NÃO PARA FAZEREM SHOWS. Quem vai a um barzinho quer ouvie música, mas também quer comer e principalmente, CONVERSAR COM A SUA COMPANHIA. Diante da falta de bom senso dos músicos e dos donos de restaurantes, ficou desconfortável ir a um barzinho.

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