Advogado de petrolinense preso por suposto megavazamento de dados sugere intervenção de Corte dos Direitos Humanos

por Carlos Britto // 16 de junho de 2021 às 09:41

Fioto: Blog do Carlos Britto

Repercutiu nacionalmente a prisão do petrolinense Yuri Batista Novaes Goiana Ferraz, denunciada pelo jornal O Globo, sobre um suposto megavazamento de dados de 223 milhões de brasileiros. Este Blog procurou o advogado de defesa, Jônatan Meireles, que desabafou sobre a situação.

Com irresignação precisei me manifestar na data de hoje (ontem) sobre questionamento perante a mídia nacional. Não me recordo de tamanho absurdo processual na história recente da República. Esta semana o investigado, que é advogado, completa 90 dias preso sem qualquer existência de ação penal. Não houve denúncia e o prazo legal se encontra excessivamente superado. Noventa dias preso sem denúncia, sem acusação formal. É grave a violação aos direitos humanos em qualquer país decente sob regime democrático”, destacou.

Meireles disse ainda que, se não bastasse o absurdo, o investigado encontra-se classificado como paciente de risco em relação à Covid-19, com atestados e relatórios da lavra de três médicos das mais diversas especialidades, e ainda por perito oficial do Estado. “Ambas as alegações sequer foram enfrentadas pela Suprema Corte e o investigado se encontra em segregação cautelar todo esse tempo. A PGR (Procuradoria-Geral da República) já se manifestou em duas oportunidades pela soltura do investigado, mas a ordem é de manutenção da prisão. Indago: Qual será o preço que a democracia deve pagar por isso? E a advocacia? Sobretudo em se tratando de investigado, que detém a condição de advogado?”, comentou. “A Corte Interamericana de Direitos Humanos precisa urgentemente atuar no Brasil”, completou.

Pedido

Na semana passada o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes, negou um pedido de soltura apresentado pelos advogados. A PGR havia se manifestado favoravelmente, sugerindo que a aplicação de medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição do acesso à internet seriam suficientes, mas o ministro apontou que a PF ainda analisa o material apreendido.

Diante disso, a defesa recorreu para que o caso seja levado aos demais ministros. A prisão foi determinada no âmbito do inquérito das fake news, porque o caso envolve suspeitas de que o megavazamento também continha dados de ministros do STF. Um outro alvo também foi preso pela Polícia Federal (PF).

Advogado de petrolinense preso por suposto megavazamento de dados sugere intervenção de Corte dos Direitos Humanos

  1. Snoop disse:

    Eita Brasil…um indivíduo vaza dados de 223 milhões de pessoas e vem o advogado invocar os “direitos dos manos”…coloca seus dados aqui, então, já que é pouca coisa!

  2. Sempre Atento disse:

    Os dados dele, os seus, é até os da sua mãe ja vazaram. Mas não foi o acusado o responsável por isso.. agradeça ao Serasa!

  3. Pátriota disse:

    Contra os absurdos desse tal STF só resta o exército.

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