Uma matéria publicada na manhã desta quinta-feira (6) no jornal Folha de São Paulo – mais especificamente no Blog Senhores Passageiros, de Ricardo Gallo e Mariana Barbosa – mostra que voar de Brasília a Petrolina está mais caro do que ir da capital federal até Dubai, nos Emirados Árabes.

A pauta foi uma sugestão de um leitor de Juazeiro, mas que mora em Brasília. Edson Duarte planeja viajar para o Vale do São Francisco na Semana Santa, mas teria se desanimado com o valor da passagem aérea.

Vejam a matéria completa:

Edson é de Juazeiro, na Bahia, e tentou comprar uma passagem para a família viajar na Semana Santa entre Brasília, onde ele vive atualmente, e Petrolina – que fica em Pernambuco, mas está a poucos quilômetros da cidade natal. “A nossa surpresa e espanto veio quando resolvemos pesquisar o preço das passagens”, disse. Os bilhetes para quatro pessoas (ele, a mulher, um filho de três anos e outro de três meses) saíam a cerca de R$ 13 mil.

“Fui pesquisar e era isso mesmo: a ida e a volta saíam a R$ 12.909,98, ou em dez vezes de R$ 1.290,99, com taxas incluídas. O voo dura seis horas e tem três escalas”, comentou.

Uma busca rápida na empresa Emirates revela que ida e volta a Dubai, nos Emirados Árabes, sairia por R$ 9.404 com taxas, 27% a menos do que o valor praticado pela companhia aérea Azul.

A distância entre Brasília e Petrolina é de mil quilômetros, em linha reta. Aquela entre Guarulhos e Dubai é muito maior: 12 mil km.

Já para ir a Nova York pela Air Canada, para toda a família, custa R$ 7.632,25. “Está na hora de se tomar providências em relação aos preços cobrados por viagens domésticas pelas empresas aéreas”, afirmou Edson.

Uma justificativa para os altos valores dentro do país é que os voos internacionais têm benefício e pagam menos pelo litro do combustível para voar.

Outro lado

Procurada pelo blog, a Azul não respondeu diretamente porque cobra quase R$ 13 mil para quatro pessoas. A empresa afirmou que “os preços praticados nas passagens aéreas variam de acordo com alguns fatores importantes”.

Os fatores seriam: origem ou destino em questão, sazonalidade, compra antecipada, variação no valor do combustível, entre outros. “Esses fatores fazem com que as tarifas sejam bastante dinâmicas em todos os mercados”, explicou a empresa, através de nota.

Segundo a Azul, as melhores tarifas são encontradas quando o consumidor compra com antecedência de 21 dias. Edson pesquisou a compra para abril – portanto, mais de dois meses antes.