Vereadores da Casa Plínio Amorim enaltecem papel da Embrapa na região, mas não faltam críticas

por Carlos Britto // 24 de setembro de 2013 às 20:03

homenagem embrapaNuma sessão solene prestigiada em peso por boa parte de funcionários que compõem o quadro da Embrapa em Petrolina e autoridades políticas, os vereadores da Casa Plínio Amorim prestaram uma homenagem pelos 40 anos de atuação do órgão federal no país.

Na cidade, onde estão instaladas duas unidades da Embrapa (Semiárido e Produtos de Mercado), a empresa de pesquisa já existe há 38 anos.

Autora do requerimento que solicitou a sessão solene, a vereadora Cristina Costa enalteceu “a capacidade da Embrapa de contribuir com o homem do campo”. Ela foi respaldada pelos demais colegas, que também ratificaram a importância da Embrapa na difusão de pesquisas em prol do Vale do São Francisco. A crítica ficou por conta de Zenildo do Alto do Cocar. Sem isentar nenhum governo, o vereador disse lamentar que um órgão tão importante como a Embrapa não receba os investimentos federais que merece.

Sem polemizar, o chefe-geral da Embrapa Semiárido, Natoniel Franklin, resumiu-se a apresentar os números da empresa. Por meio de um retroprojetor, ele mostrou a evolução nas pesquisas desenvolvidas pelo órgão, desde os anos 70 – que pretendiam viabilizar alternativas econômicas para evitar o êxodo rural – até os dias atuais.

Focos de pesquisa

Destacou também os principais focos de pesquisa da Embrapa, que passam pela vitivinicultura e o melhoramento de forrageiras que servem de alimento para os rebanhos, até a diversificação de culturas (como maçã, caqui e pera, todas de clima temperado). “É um grande desafio desenvolver um trabalho numa região (semiárido), que abrange quase 25 milhões de pessoas e que chove no máximo 500 milímetros por ano, sendo que nesses dois últimos choveu apenas 150 milímetros”, ressaltou Franklin.

O chefe-geral da Embrapa recebeu da Casa a Medalha Dom Malan, honraria máxima do legislativo municipal concedida a autoridades e instituições que atuam em Petrolina.

Com 47 centros de pesquisa espalhados pelo país, a Embrapa atualmente estende sua atuação pelo mundo, por meio de uma cooperação técnica em países de todos os continentes – a exemplo de Estados Unidos, Angola, China e Coreia – sobretudo em relação à transferência de tecnologia. O órgão possui um quadro de 10 mil funcionários, sendo 2,3 mil pesquisadores (a maioria com doutorado). No próximo mês a Embrapa realizará mais uma edição do Semiárido show, evento que acontece a cada dois anos e tem o objetivo de mostrar os resultados mais recentes relacionados a novas tecnologias no setor. (Foto: Paulo Ricardo/divulgação)

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