Univasf repudia ataques contra membros do Conuni

por Carlos Britto // 03 de dezembro de 2020 às 20:58

Campus Sede da Univasf, no Centro de Petrolina. (Foto: Blog do Carlos Britto)

A Universidade Federal do Vale do são Francisco se pronunciou publicamente nesta quinta-feira (3) sobre um fato ocorrido na última sexta-feira (20), durante uma reunião virtual do Conselho Universitário (Conuni), quando membros da entidade foram duramente criticados, pelo visto, por não aprovarem o retorno neste momento às aulas presenciais. A instituição apresentou moção de repúdio aos críticos.

Confiram a íntegra da nota:

Durante a transmissão da Reunião do Conselho Universitário no Youtube, ocorrida na última sexta-feira, dia 20/11/2020, diversas mensagens foram postadas no chat, com ataques ao corpo docente da Univasf e às/aos conselheiras/os. Na ocasião, foram observadas mensagens que expressam ataques específicos à conselheira Thais Pereira de Azevedo, docente do Colegiado de Engenharia Agrícola e Ambiental (CENAMB) e ao conselheiro Rainer Miranda Brito, docente do Colegiado de Antropologia (CANT). As acusações postadas são gravíssimas e atacam o compromisso profissional dos servidores da Univasf, que manifestaram preocupação com a possibilidade de retorno das atividades presenciais ou híbridas.

O Conselho Universitário da Univasf repudia tais acusações e manifesta inequívoco apoio a seus conselheiros, ao corpo docente, e ao docente e à docente ofendidos.

A pandemia de Covid-19 atingiu a todos e todas em escala mundial e exigiu mudanças de rotinas, cuidados e protocolos de biossegurança a que não estávamos habituados. O desprezo do Presidente da República sobre esse flagelo que já vitimou milhares de vidas pelo mundo e mais de 170 mil brasileiros, aliado a toda sorte de Fake News produzidas pelo chefe da nação, infelizmente ajudaram a construir um ambiente tóxico. Trata-se de momento dramático para todas as atividades humanas, especialmente para a educação, e encontrar alternativas para a construção de um calendário acadêmico para o ano de 2021, que possa minimizar os impactos negativos, tem sido esforço deste conselho.

Na Univasf, num primeiro momento, as aulas foram paralisadas sob orientação do Ministério da Educação. No entanto, muitas atividades permaneceram acontecendo, como reuniões das diversas comissões, continuidade dos projetos de pesquisa e extensão, a produção de álcool gel, realização de cursos e ciclos de debates, entre outras.

Nós, servidores da Univasf, não economizamos esforços para realizarmos um semestre de forma remota, que pudesse incluir a totalidade de nossos estudantes. Portanto, não ficamos parados.

Alimentados pelo desprezo à pandemia, membros da comunidade acadêmica estão produzindo ataques a professores com objetivo de desmerecer nosso trabalho e nos pressionar a voltarmos às aulas de forma presencial, quando cobram ensino híbrido, desrespeitando as orientações do Ministério da Educação. São irresponsáveis que não medem esforços para imporem à comunidade seus modos de ver e compreender o mundo. São mensageiros da morte.

Não vamos nos intimidar. Não vamos nos calar. A cada ataque a um membro da comunidade, nós iremos nos pronunciar. A pandemia já trouxe diversos prejuízos a todos nós, não vamos deixar que atinjam nossa dignidade. Somos servidores públicos e exigimos respeito. A proliferação de violência em meios digitais, em nada contribui com a busca de consenso em torno de alternativas de ensino remoto emergencial que tem marcado os esforços da comunidade univasfiana.

Petrolina, 27 de novembro de 2020.

Univasf repudia ataques contra membros do Conuni

  1. JEfferson disse:

    Quem assina essa nota?

    Estão acostumados ficar recebendo salarinhos em casa de boa, com conversinha de está trabalhando home office… Tem que voltar mesmo ou corta o salário desses folgados. São funcionários DO público, ou seja, não deve ter nenhuma regalia a mais que os outros.

    1. Márcia disse:

      Exatamente. Se acham deuses melhores q os outros funcionários públicos.

  2. Amigo de Petrolina disse:

    Até quando vamos pagar essa conta?
    Enquanto nós da iniciativa privada somos demitidos e temos que nos virar, muitos estão tranquilos com seus salários caindo na conta todo mês.
    Reforma administrativa já!

  3. Dreda disse:

    Sinceramente, não há motivo para a Univasf permanecer sem aulas. Todas as escolas particulares estão dando conteúdo, e agora as públicas também. Todas as universidades particulares estão a pleno vapor. Várias universidades públicas também aderiram ao ensino online, inclusive federais. Não pode só a Univasf ficar parada.

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