Suspeito de participação na morte de ex-coordenador da Defesa Civil de Juazeiro se manifesta pela primeira vez sobre o caso e alega inocência

por Carlos Britto // 03 de outubro de 2019 às 14:00

Adalberto Gonzaga era ex-coordenador da Defesa Civil de Juazeiro.. (Foto: Reprodução)

Um dos suspeitos de envolvimento no homicídio do ex-coordenador da Defesa Civil de Juazeiro (BA), Adalberto Gonzaga, David Roger Paixão Reis, se manifestou pela primeira vez sobre o caso e afirma que as acusações que pesam contra ele baseiam-se em “comentários falaciosos” que “desnortearam” o Ministério Público da Bahia (MPBA) na condução do caso.

A missão policial sobre os autores do crime, segundo ele, concluiu que um total de sete pessoas – entre os mandantes e executores – participaram do crime, sendo que nenhum deles é o acusado. “Apesar disso, a denúncia acusou outras pessoas, alheias à situação, o que aparenta, a princípio, desmerecer a missão policial empreendida”, diz David Roger, em nota.

Reitere-se que as descrições do executor dadas pela própria testemunha ocular, divergem antagonicamente ao tipo físico do acusado, fato este devidamente denotado na folha 239 do processo criminal. Tal fato demonstra que a denúncia não se baseia nas evidências robustas advindas do brilhante trabalho policial, mas, se respalda em boatos maledicentes”, alega o acusado.

David Roger ainda diz que as autoridades estão sendo induzidas a erros. “As autoridades estão sendo induzidas a erros que não se sustentarão. A testemunha é clara em descrever o assassino e a descrição relatada em nada se parece comigo. Tenho certeza da minha inocência e sei que tudo vai se esclarecer”, afirma.

O caso

Como este Blog mostrou com exclusividade no último dia 25 de setembro, o MPBA acusou o diretor do Serviço de Água e Saneamento Ambiental (SAAE), Joaquim Neto, por homicídio triplamente qualificado, por suspeita de mandar matar o ex-coordenador da Defesa Civil do município, Adalberto Gonzaga. O crime aconteceu em 23 de fevereiro de 2017.

De acordo com o MPBA, o crime foi motivado por uma divulgação de irregularidades em verbas recebidas pelo SAAE. O montante seria superior a R$ 6 milhões.

Na época do crime, Adalberto Gonzaga foi atacado a tiros por dois homens, dentro da casa onde morava, no bairro Piranga. A dupla, identificada como David Roger Paixão e Gabriel Gomes Amaral, também foi denunciada. O Blog não conseguiu contato com Gabriel Gomes.

Joaquim Neto se defendeu, também através de nota. Ele permanece no cargo e recebeu o apoio do prefeito Paulo Bomfim, mostrando-se indignado com o envolvimento do seu nome no inquérito que investiga o caso, e negou tudo afirmando que a peça acusatória se baseia num boato espalhado pelo radialista Waltermário Pimentel.

Em seu programa na Rádio Cidade AM, no último dia 27 de setembro, Waltermário disse que não vai falar sobre o assunto, mas afirmou: “estou tranquilo, em paz”. O MPBA espera decisão da Justiça, que vai definir se acata ou não a denúncia.

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