O vereador governista Dr.Pérsio Antunes revelou o porquê do projeto de lei que regulamenta construções imobiliárias em Petrolina, às margens do Rio São Francisco, ter tido o aval de toda a base do prefeito Júlio Lóssio, depois de tanta celeuma. Durante a votação do projeto, que aconteceu na última quinta-feira (19) em sessão itinerante no bairro Dom Avelar, o vereador brincou ao dizer que “perdeu R$ 500” naquele dia porque teve de cancelar uma viagem que faria ao Recife para poder dar seu ‘sim’ ao projeto (o valor é referente à passagem área entre Petrolina e a capital pernambucana).

Detalhe: Dr.Pérsio queria que a distância mínima de 500 metros para as construções à beira do rio prevalecesse, enquanto o líder oposicionista Ronaldo Cancão – no seu projeto retirado de pauta na última terça (17) – pedia 100 metros, conforme lei municipal e o novo Código Florestal. Cancão, inclusive, acabou desistindo de colocar o projeto porque Dr.Pérsio tinha os demais colegas da base para lhe respaldarem um parecer acatando sugestão do governista.

O vereador, no entanto, disse que foi o próprio Lóssio quem pediu a ele para votar no projeto substitutivo, de autoria de Pedro Fillipe e Elismar Gonçalves. Na verdade, o substitutivo apenas reforçou o projeto inicial de Cancão, pelos 100 metros.

Nos bastidores, os comentários é de que Lóssio não pediu, mas ordenou, que todos os seus aliados na Casa votassem a favor do projeto. Talvez porque tivesse se atentado, como o líder oposicionista comentou à imprensa, de que mora às margens do rio (na estrada da Tapera) a uma distância bem menor que essa. A exemplo de Dr.Pérsio, já que a residência dele num condomínio de luxo de Petrolina fica muito menos que 500 metros.