Os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STRs) de Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina promoveram, na sede do STR Petrolina, um debate a respeito do decreto de criação do refúgio da vida silvestre do tatu-bola, que ocupará mais de 110 mil hectares nesses três municípios. O projeto tem como objetivo a preservação da fauna e flora da caatinga, em especial o tatu-bola, que está quase em extinção. Mas o lado negativo do projeto é o fato de que irá desalojar das mais de 3,5 mil famílias que fazem parte da área destinada ao refúgio.

Estiveram presentes os diretores e presidente do STR Petrolina, além de representantes dos demais sindicatos, das prefeituras de Santa Maria e Lagoa Grande, da Fetap, Contag, CUT, MST, Câmara de Vereadores de Lagoa Grande, Incra, IPA, Instituto Caatinga e os agricultores afetados pelo projeto. No encontro foi elaborado um documento que inclui conversar com os prefeitos e câmaras de vereadores dos três municípios, participar da próxima reunião do conselho estadual do meio ambiente, buscar o apoio de deputados estaduais e federais, realizar um estudo técnico do projeto e articular uma audiência com o Governador do estado Paulo Câmara o mais rápido possível.

Segundo o STR, os vereadores de Petrolina, o prefeito e os vereadores de Santa Maria da Boa Vista não participaram do evento.

No mês passado uma comissão se reuniu com o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do estado, Sérgio Xavier, para debater sobre o caso. Na ocasião conseguiram “congelar” o decreto por 180 dias.(foto/divulgação)