Serra Talhada na mira de operação da PF que investiga suspostos desvios de recursos destinados à requalificação da BR-101

por Carlos Britto // 08 de maio de 2020 às 08:55

Serra Talhada-PE. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (8), a segunda fase da Operação ‘Outline’, referente a supostos desvios de recursos destinados à obra de Requalificação da BR-101, no trecho do Contorno Viário da Região Metropolitana de Recife (RMR). A operação ocorre nos municípios de Recife, Paulista, Serra Talhada e Brasília.

Segundo a PF, as suspeitas são de práticas de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro, no âmbito do Departamento de Estradas e Rodagens e da antiga Secretaria de Transportes do Estado de Pernambuco.

Cerca de 40 policiais federais cumprem nove mandados de busca e apreensão e 2 de prisão temporária, expedidos pela Justiça Federal do Recife.

Além disso, segundo a PF, foi decretado o sequestro de imóveis situados em Recife e Gravatá, pertencentes aos investigados, de nomes ainda não revelados. “O valor total do contrato firmado para execução da obra citada supera a cifra de R$ 190 milhões, e a maior parte dos recursos é oriunda de repasse do Governo Federal para o Estado de Pernambuco, sob a gestão do Departamento de Estradas e Rodagens de Pernambuco”, afirma a Polícia Federal, em nota.

Investigação

De acordo com relatórios de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCEPE) recebidos pela PF, a obra estaria sendo executada com material de baixa qualidade e pouca durabilidade, sobretudo o asfalto, o que poderia afetar trechos de rodovias já entregues à população.

Na primeira fase da operação, em novembro de 2019, foram apreendidos documentos e mídias digitais. Segundo investigadores, a análise revelou evidências de outros supostos desvios, como transações entre a empresa contratada para execução da obra e firmas fantasmas, que chegam a aproximadamente R$ 4,2 milhões.

Além disso, foi constatado que ex-servidores do DER/PE, que foram responsáveis pela fiscalização e liberação de recursos da obra, tiveram acréscimo patrimonial incompatível com os seus rendimentos nos últimos anos. Um deles, inclusive, adquiriu bens de luxo, como embarcações, veículos, apartamentos e ainda realizou diversas viagens ao exterior, inclusive em classe executiva. Todos os bens adquiridos por ele eram registrados em nome de terceiros”, afirma a Polícia Federal, em comunicado.

A Polícia Federal também afirma que “foram coletadas evidências de que provavelmente a Secretaria de Transporte de Pernambuco (atualmente extinta), teria sido condescendente com as práticas criminosas apuradas, podendo ter havido recebimento de vantagens ilícitas por pessoa ligada à pasta”.

Todo o conjunto probatório converge para a prática de crimes como peculato, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas, somadas, chegam a 42 anos de reclusão”, diz a Polícia.

Diligências

Os policiais federais estão efetuando as prisões e arrecadando material (documentos e arquivos digitais), que serão analisados posteriormente pela equipe de investigação da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da PF em Pernambuco. Os presos serão encaminhados ao Cotel, em Abreu e Lima. A nome da Operação Outline é a tradução literal para a língua inglesa de “contorno” e significa ainda rascunho ou esboço, simbolizando algo provisório, inacabado. (Fonte: NE10/Blog de Jamildo)

Serra Talhada na mira de operação da PF que investiga suspostos desvios de recursos destinados à requalificação da BR-101

  1. Sempre Atento disse:

    Eita país que tem ladrão,por isso não sai da merda, estes deputados e senadores sem futuro deveriam fazer uma lei quem metesse a mão no dinheiro público pegaria prisão perpétua e perderia todos os seus bens,mas só em sonhos pois eles seriam os primeiros a se lascarem.

  2. Paulo disse:

    No Brasil ser político e ter diploma de ladrão não escapa um.

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