Brasil e União Européia selaram ontem pacto estratégico onde não apenas criaram canal direto de contatos, como redigiram uma espécie de manual de sobrevivência euro-brasileira, que lista, entre outros temas de consultas permanentes, a saúde do sistema financeiro multilateral, o comércio internacional – incluindo o protecionismo agrícola, incentivo aos biocombustíveis e preservação da Amazônia. O Plano de Ação Conjunto Brasil-União Européia, base para ações bilaterais para os próximos três anos, terá daqui a três meses seu primeiro desafio: preparar uma posição conjunta para a reunião de cúpula do G20 (países desenvolvidos e emergentes), em Londres, no dia 2 de abril, com a presença do novo presidente dos EUA, Barack Obama.
Sarkozy, presidente em exercício da União Européia, disse que o desafio é tão grande que pulverizou as diferenças Norte-Sul. ‘A Europa e o Brasil devem falar com a mesma voz’, discursou Sarkozy, ao lado do presidente Lula, anfitrião na 2ª Cúpula União Européia-Brasil. ‘Estamos decididos a fazer com que as coisas mudem profundamente’, disse ele, que usou várias vezes a expressão ‘nova ordem mundial’. Sarkozy disse que ‘o Brasil não é uma potência de amanhã e sim de hoje’.
Fonte: pernambuco.com