Recurso de Flávio Bolsonaro ao STF para suspender investigações contra ex-assessor desgasta governo

por Carlos Britto // 18 de janeiro de 2019 às 08:00

Foto: Dida Sampaio/Estadão

O pedido feito pelo senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a suspensão das investigações relativas a movimentações financeiras de seu ex-assessor Fabrício Queiroz causou mal-estar no Palácio do Planalto. Nos bastidores, auxiliares do presidente Jair Bolsonaro e ministros disseram que a estratégia usada por Flávio tem potencial para provocar mais desgaste ao novo governo.

Ao solicitar a suspensão das apurações, o filho de Bolsonaro alegou que o cargo de senador lhe confere foro especial no STF. Embora não tenha tomado posse – o que ocorrerá em 1º de fevereiro –, Flávio já foi diplomado.

A argumentação contradiz discurso do presidente, que sempre disse ser contrário ao foro privilegiado. Além disso, houve incômodo no Planalto com o fato de Flávio sustentar que nada tinha a ver com essa situação e agora pedir para que as investigações envolvendo seu ex-assessor fossem suspensas.

Ao conceder a liminar, o ministro Luiz Fux, do STF, disse que deferia a solicitação do senador eleito “até que o relator da presente reclamação (Marco Aurélio Mello) se pronuncie quanto ao pedido de avocação do procedimento e de declaração de ilegalidade das provas que o instruíram”.

A estratégia usada por Flávio foi classificada por dois auxiliares de Bolsonaro como “um tiro no pé” porque pode contaminar o governo. Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) considerou a movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, incompatível com seu patrimônio.

Silêncio

Aliados de Bolsonaro afirmaram que Flávio não deveria ter recorrido ao STF porque, com a iniciativa, deu a entender que teme a investigação. Em nota, a assessoria do filho do presidente declarou que a solicitação foi feita tendo em vista “nulidades diversas, como a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador para fins de investigação criminal, sem autorização judicial”. Jair Bolsonaro não se manifestou ontem sobre o assunto.

Até agora, o núcleo político do governo tentava separar Bolsonaro de Queiroz. Mesmo assim, os militares sempre diziam que o ex-assessor deveria dar explicações o mais rápido possível para que não pairasse qualquer dúvida sobre o caso.

Em recente entrevista ao Estado, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, declarou que Queiroz precisava esclarecer os depósitos feitos na conta dele. “Acho que o problema é o Queiroz”, disse. O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno Ribeiro, chegou a afirmar que as explicações dadas por Queiroz careciam de mais “consistência”. (Fonte: Estadão)

Recurso de Flávio Bolsonaro ao STF para suspender investigações contra ex-assessor desgasta governo

  1. Sempre Atento disse:

    O rei da honestidade caiu do cavalo,só precisa agora levar as esporadas no lugar dele,político como diz o velho ditado todos calçam 40,só o povo que não aprendeu ainda.

  2. Defensor da liberdade disse:

    kkkkkkkkkkkk os minions devem estar com cara de tacho, por terem colocado essa família no pedestal da moralidade, da ética e da competência. E eu estou rindo um bocado dessa beleza de governo!

    1. Leitora disse:

      Engano seu, eles ainda defendem, acham justificativa pra tudo o que eles fazem!

  3. Rosa Mariah disse:

    “Tá” começando a feder.

  4. Marcos disse:

    Cade os bolsominios do blog, os eleitos do Mito?

    Rindo ate 2020.

    Mito, Mito!!!!!!

  5. JOAQUIN TEIXEIRA disse:

    Aí o Bolsonaro deu uma fraquejada e teve o Flávio Bolsonaro kkkkkkkk

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