Promotor acredita que assassinato de Beatriz teve motivação religiosa e que falhas nas investigações podem levar à impunidade

por Carlos Britto // 03 de maio de 2016 às 11:05

Carlan Carlo- Promotor

Às vésperas de completar cinco meses, o assassinato da menina Beatriz Mota, ocorrido no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, ganha mais um capítulo. Nesta segunda-feira (2), o promotor de Justiça que acompanha o caso, Carlan Carlo da Silva, afirmou que a morte de Beatriz pode ter motivação religiosa.

Segundo ele, o crime foi planejado e, pelo impacto na sociedade, acredita-se que o objetivo era atingir a instituição. “A possibilidade, pelo impacto que foi querido, obtido junto à sociedade, é de que houve motivação religiosa. O objetivo era atingir a Igreja”, disse o promotor.

Carlan também apontou falhas nas investigações e criticou a demora da Polícia Civil em fazer contato com o Ministério Público para acompanhar o caso. O promotor disse ainda que procurou a Polícia Civil na manhã seguinte ao crime para se colocar à disposição e ajudar no caso, mas o contato da polícia só foi feito muito tempo após o início das investigações.

Apesar de ter me colocado à disposição da polícia, comparecido no dia seguinte à delegacia para colocar o Ministério Público à disposição, este contato só foi feito muito tempo depois, já quando houve medida judicial”, disse.

Sem solução

Para o promotor, o tempo é fator decisivo e agora a polícia precisa corrigir as falhas cometidas desde o início das investigações. Ainda de acordo com Carlan, os erros podem fazer com que o crime não seja desvendado.

Algumas diligências poderiam ser mais bem realizadas, mais agilizadas e com profissionais mais gabaritados desde o início, que poderiam nos deixar numa situação melhor. Claro que há possibilidade de depois, mesmo com todas as diligências, não chegar à autoria do homicídio. A gente tem vários crimes que não foram desvendados e esta é uma possibilidade. Agora vai depender da capacidade da polícia de conseguir corrigir as falhas”, disse o promotor em entrevista a Marco Aurélio na Rádio Jornal Petrolina.

Promotor acredita que assassinato de Beatriz teve motivação religiosa e que falhas nas investigações podem levar à impunidade

  1. luciana disse:

    Depois de descarta vingança à família, também tenho essa impressão.

  2. José Carlos disse:

    E eu, desde o dia seguinte ao crime, venho dizendo que tinha caroço nesse angu!!! Claro que não será elucidado! Não é para ser elucidado! E baterei na tecla até morrer: o sangue drenado não virou chouriço! Ele provavelmente foi bebido! Se era apenas para atingir a escola; uma morte simples bastaria. Uma única facada e já teríamos a situação da escola em desmoralização. Foi sim um crime para fins de seitas seja em ode ao diabo que for!

  3. Crítico Construtivo disse:

    Agora que o promotor falou isso, não me sinto só em minhas conclusões. E tem mais: a família da vítima é evangélica. A menina Beatriz pode ter sido escolhida pelo(s) autor(es) intelectuais do crime. Será que o executor do crime foi morto como queima de arquivo?

  4. Petrolinense disse:

    Interessante… o Ministério Público não tem poder de Investigação!!! Porque não utilizou!?!?! Porque esperar que a polícia peça apoio… sabemos que o executivo não investe em segurança pública! Que houve falha na preservação do local de crime não resta dúvida, até em razão do grande número de pessoas que adentrou ao local antes que a polícia chegasse! PARECE MAIS FÁCIL AO MP menospreza trabalho da PC do que apoiar na elucidação! A POLÍCIA COMUNICOU O FATO AO MINISTÉRIO PÚBLICO, caberia ao MP atuar mais de perto e mão meramente esperar solicitações da polícia em seu gabinete!
    APESAR DE TUDO AINDA CONFIO NA ELUCIDAÇÃO DESSE CRIME! PAZ E CONFORTO A ESSA FAMÍLIA!

  5. Petrolinense disse:

    *O Ministério Público não tem poder de Investigação!?!?!?!

  6. Paulo Roberto disse:

    Não consigo entender como um crime desse tipo em um lugar fechado com muitas pessoas ninguém viu nada é impossível alguém não ter visto.Iapolicia não encontra uma pista concreto desses assassino.

  7. Pedro Henrique disse:

    Até que enfim uma pessoa equilibrada nesse caso. Sempre tive certeza que o Colégio é antes de tudo vítima e não culpado. O problema são as paixões religiosas, políticas, bairristas e ideológicas, misturada com invejas, que cegam as pessoas!

  8. Washington Lucas disse:

    Esse promotor se acha o suprassumo da eficácia: bastava sua presença nas investigações e o caso seria solucionado. Tanta presunção leva à crença de que o trabalho desenvolvido pela Polícia não serviu para nada, o que não é verdade. A Polícia merece respeito de todos, pois atuou honestamente no sentido de dar a resposta que a sociedade e a família da vítima merecem, mesmo diante de sua fragilidade estrutural e da complexidade do caso. Presumir-se essencial às investigações é relegar aos profissionais envolvidos uma posição constrangedora, vexatório e inferior, é atribuir-lhes um trabalho de resultado inócuo e descartável, porque ausente pessoa de inteligência insuperável. Não é essa a resposta que esperamos. Queremos, sim, mais trabalho e menos vaidade. #SOMOSTODOSBEATRIZ.

  9. vitoria disse:

    Acho um absurdo , “sem solução”, quer dizer vitória para os bandidos, poxa não consigo engulir esta história, aí tem, é duro para a família perder um filho e ainda saber que quem fez isso esta a solto, assassinos miseráveis da justiça de Deus vocês não escapam, tirar uma vida de uma criança inocente, vão arder no fogo do inferno.

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