Uma experiência bem-sucedida de estímulo ao trabalho voluntariado, cujo projeto-piloto foi iniciado há sete meses pela Prefeitura do Recife (PE) e já se espalhou por algumas das principais cidades do país, pretende alcançar em Petrolina o mesmo sucesso.
De acordo com o empreendedor social e coordenador do Projeto ‘Transforma Recife’, Fábio Silva, a ideia é criar uma rede unindo profissionais voluntários dispostos a levar seus serviços a quem não pode pagar por eles, com as mais diversas organizações sociais – responsáveis por essa ‘ponte’.
Na capital pernambucana, por exemplo, existe até um ‘voluntariômetro’ – semelhante ao ‘impostômetro’ – registrando a quantidade de pessoas que abraçaram o projeto. Ao Blog, Fábio disse que no Recife já existem 62 mil pessoas cadastradas e mais de 400 organizações sociais oferecendo vagas.
A convite do deputado estadual Miguel Coelho, o coordenador do projeto veio a Petrolina, onde durante todo o dia de ontem (9) e hoje (10) promoveu reuniões com diferentes segmentos sociais. Buscando um “processo de sensibilização” como ponto embrionário da iniciativa na cidade, Fábio conversou com representantes de igrejas, universidades, Polícia Militar, empresariado, Terceiro Setor, entre outros. A primeira impressão, segundo Fábio, não poderia ter sido melhor.
“Sem volta”
Deixando claro que esse não é um trabalho instantâneo, mas gradativo, Fábio disse que vê grandes chances da sociedade ajudar a criar um ‘Transforma Petrolina’. “Acho que essa é uma cidade, no mapa pernambucano, diferente das outras. Sua pujança, a própria participação social das pessoas, o empresariado forte, a universidade e a igreja muito presentes. Então, eu acho que não tem como (o projeto) não ser um sucesso”, avaliou Fábio, enaltecendo também o caráter inclusivo do projeto.
Ele destaca ainda que essa é apenas uma primeira visita, de outras que virão. “Acho que esse é um movimento sem volta porque tem muito a ver com política, e não é a partidária. Não adianta ficar só apontando defeitos e dizer o que poderia ser feito. As pessoas também precisam participar dessa transformação”, pondera o empreendedor social. Fábio acredita que, dependendo da adesão dos petrolinenses, a plataforma do projeto poderá ser implantada na cidade até o primeiro trimestre de 2016.