Primeira cirurgia de Oclusão Coronariana Crônica no Vale do São Francisco é realizada com sucesso em Petrolina

por Carlos Britto // 17 de fevereiro de 2020 às 20:00

Foto: divulgação

Em sintonia com o que acontece nos centros mais avançados do mundo, a medicina do Vale do São Francisco dá mais um exemplo do seu potencial com a Cardiologia Intervencionista, segmento que mais tem contribuído com este desenvolvimento e rápida evolução. Além dos tratamentos exitosos de doenças congênitas e valvulares e um bem sucedido implante Transcater de Válvula Aórtica (TAVI), feito em dezembro do ano passado no Hospital Unimed de Petrolina, a região presenciou nesta semana mais uma conquista inédita: a realização da primeira Angioplastia de Oclusão Coronariana Crônica (CTO), procedimento via cateter para tratar doenças do coração que necessitariam, em outro momento, de cirurgia tradicional.

Realizado também no Hospital Unimed de Petrolina, sob a responsabilidade de uma equipe médica multidisciplinar liderada pelos cardiologistas intervencionistas, Bedson Sá e Sérgio Macedo, o procedimento deixou mais tranquila e aliviada a costureira Lucimar Rocha de Oliveira, de 55 anos, que sentia fortes dores no peito e falta de ar quando fazia até os mínimos esforços do dia-a-dia. Sintomas mais comuns na doença coronária obstrutiva que está entre as maiores causas de morte do mundo.

Segundo o cardiologista Bedson Sá, as artérias coronárias são os vasos que levam sangue oxigenado para alimentar o músculo do coração. “Quando existe obstrução de um ou mais desses vasos, o suprimento de oxigênio e nutrientes é comprometido e o paciente sente dor e o coração não se contrai adequadamente. Se essa obstrução é completa e acontece subitamente, temos o Infarto do Miocárdio“, explicou.

Ainda de acordo com o médico, quando o vaso está fechado há mais de 3 meses, chama-se oclusão crônica. “Esse tipo de oclusão é muito difícil de ser aberta por cateter, então geralmente os pacientes são mandados para cirurgia. Com as novas técnicas, consegue-se abrir os vasos via cateter (angioplastia), o que é feito apenas com um furo no punho e na virilha, sem abrir o peito. Com as novas técnicas a taxa de sucesso pode chegar a 90%“, frisou Bedson Sá, que destacou ainda o aparato tecnológico do hospital com ênfase para a moderna máquina de Hemodinâmica, única neste modelo no Vale do São Francisco.

Resultado

Depois de apenas um dia de internamento, apresentando ótimo estado de saúde e com expectativa de qualidade de vida normal e livre dos sintomas, a costureira Lucimar Rocha de Oliveira é só alegria. “Foi uma cirurgia muito tranquila e bem conduzida. Operei-me na segunda-feira e na quarta já saí andando do hospital, sem qualquer problema. Graças a Deus, aos médicos e ao hospital, não sinto mais nada do que me incomodava antes. Minha vida hoje é outra, bem melhor“, concluiu. (Fonte: CLAS Comunicação)

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