Para manter rondas policiais, comunidade doa pneus a viatura e major justifica “situação atípica”

por Carlos Britto // 18 de agosto de 2015 às 13:32

20150816_154349Os moradores do N-11 do Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho, na zona rural de Petrolina, passaram por uma situação constrangedora esta semana, quando líderes comunitários precisaram doar alguns pneus para manter uma viatura da Polícia Militar na região.

De acordo com informações da Central Única de Bairros de Petrolina (Cubape), a doação foi feita para evitar que a comunidade ficasse sem as rondas policiais, já que a viatura estava com pneus “carecas” e impossibilitada de manter a segurança no local.

20150815_163159A doação foi anunciada pelos representantes de bairros, Rogério Silva e Francivaldo Rodrigues, que tomaram conhecimento do sucateamento das viaturas e entraram em contato com o comando do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM). Após o contato com o comando, os comunitários adquiriram os pneus e fizeram a entrega no último domingo (16).

Sobre a situação, o subcomandante do 5ºBPM, major Marcondes, esclareceu que o fato foi uma situação “atípica”. Ainda segundo ele, a doação foi feita apenas para manter as rondas policiais e evitar a retirada da viatura, que deveria passar por uma manutenção.

Foi uma situação atípica. O comando já havia feito uma solicitação e a viatura teria que ser retirada da comunidade para colocar os novos pneus. Não vejo isso como um constrangimento. A segurança pública também pode ser ajudada pela população”, justificou o oficial.

Distanciamento

O subcomandante afirmou ainda que o governo do estado tem investido em segurança pública e explicou que algumas dificuldades na Polícia Militar decorrem apenas do distanciamento entre Petrolina e a capital pernambucana. “O governo tem investido na segurança pública, sim. Há uma dificuldade por conta do distanciamento da capital, já que são 720 quilômetros. Então, tem toda uma dificuldade logística. Em alguns casos, por exemplo, os carros precisam ir para o Recife para fazer uma revisão”, explicou o major.

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