A atuação da Prefeitura de Petrolina no recolhimento e destinação de três pitbulls gerou uma ação judicial movida por duas organizações de proteção animal. A ONG Proteger e o Projeto Oxente solicitaram à Justiça a guarda legal dos cães, apreendidos pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) após registros de agressão na Vila Marcela, zona norte da cidade.

A ação, protocolada na última sexta-feira (23), resultou na intimação do município para prestar esclarecimentos sobre o caso. Além disso, o pedido inclui a busca e apreensão dos animais e a designação de Márcia Borges, coordenadora do Projeto Oxente, como fiel depositária, assumindo a responsabilidade legal pelos cães durante o processo.

As entidades alegam que os animais permanecem detidos e sem cuidados adequados, e questionam a falta de um protocolo claro por parte da gestão municipal para lidar com casos envolvendo cães de grande porte ou com perfil agressivo. Segundo as organizações, um dos pitbulls apresenta sinais de debilitação e deveria ter sido encaminhado com urgência para atendimento especializado. O caso também levanta preocupação sobre o destino dos cães, que teriam sido transferidos para o canil de uma unidade prisional estadual. As ONGs temem que a permanência no local agrave o quadro dos animais e alertam para o risco de eutanásia.

Em nota divulgada anteriormente, a Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA) negou qualquer medida nesse sentido e afirmou que a transferência foi uma solução temporária, diante da ausência de estrutura da Polícia Militar para manter os animais. O Blog encaminhou novamente a situação a AMMA para um posicionamento atualizado.