Número de transplantes cresce mais de 50% em Pernambuco. Doações de córneas bateram o recorde

por Carlos Britto // 19 de janeiro de 2013 às 16:09

TransplantesO secretário de Saúde de Pernambuco, Antônio Figueira, recebeu esta semana um relatório oficial sobre as doações de órgãos no Estado e a realização de transplantes pela rede pública. O documento aponta a obtenção de recordes expressivos, em vários tipos de transplantes.

Depois de uma queda em 2010, quando o número de transplantes caiu para 895 no total, a evolução mostra crescimento desde então. Em 2012, foram 1.690 transplantes em todo o Estado, contra 1.094, no ano anterior, representando ganho de 54% no total. Para se ter uma ideia, em 1995 foram realizados apenas 110 transplantes, de acordo com o levantamento.

Os transplantes de coração cresceram 125% (de 8 para 18) entre janeiro e dezembro de 2012. Já os de fígado cresceram 28%, saltando de 104 casos em 2011 para 133 em 2012.

A evolução mais expressiva, em termos quantitativos, ocorreu no transplante de córnea, com uma evolução de 64%. Em 2011, Pernambuco realizou 661 transplantes. Em 2012, chegou-se aos 1.084. Figueira conta que, neste caso, a situação é tão boa que a fila para transplantes é uma das menores, reduzindo o tempo de espera para quem precisa da cirurgia.

O transplante de medula óssea, que foi objeto de grande polêmica após o fechamento do centro do Hemope, também cresceu – no caso 45%, saltando de 112 em 2011 para 162 em 2012.

Rins

O caso dos transplantes de rins também exige mais atenção, de acordo com o relatório da Secretaria de Saúde. Com um crescimento de 40%, foram realizados 278 transplantes em 2012, contra 199 no ano de 2011. Não por acaso, é o tipo de transplante que conta com a maior fila de espera, com 1.872 nomes na lista em 2011. No balanço do final de dezembro, ainda havia 1.616 casos nos cadastros técnicos.

Neste ano, uma das metas da Secretaria é ampliar esse tipo de transplante, uma vez que eles não dependem de doações apenas nos casos de morte dos doadores. Parentes em boas condições de saúde podem doar o rim para seus familiares, como ocorreu com o ex-prefeito João da Costa (PT).

Com uma evolução percentual de 62,5%, com o crescimento registrado em 2012, o Estado conseguiu ampliar um índice de doações por milhão de habitantes. Em 2011, o índice era 8,1%. Em 2012, já chegou a 13,19%. (Fonte/foto: JC Online).

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