Mulheres sofrem com violência emocional no parto

por Carlos Britto // 26 de março de 2011 às 17:28

A falta de atenção dispensada por alguns profissionais de saúde foi o principal assunto de uma pesquisa que traça o perfil e alguns aspectos do cotidiano feminino das brasileiras. No estudo, foi revelado que 15% das mulheres que se submeteram ao parto normal sofreram algum tipo de agressão no atendimento hospitalar.

Em um dos itens do estudo, há uma revelação sobre Violência Institucional no Parto. As brasileiras afirmaram terem sofrido algum desrespeito ou maltrato ao procurar assistência em maternidades ou em atendimento pré-natal, 15% das mulheres submetidas ao parto natural. A pesquisa que surge com a pretensão de ilustrar debates para a elaboração de políticas públicas revela que o pré-natal, muito bem divulgado pelo Governo tem uma brecha.

Todo o acompanhamento que a gestante recebe, tanto da rede privada quanto do SUS, tem o único objetivo: avaliar não apenas as condições físicas da mãe e do bebê, mas o emocional da parturiente, que deve ser bem preparado, é simplesmente ignorado.

Nas declarações das entrevistadas, elas relataram situações de descaso dos profissionais que as atenderam. Frases do tipo: não chora que ano que vem você está aqui de novo” (15%); “Na hora de fazer não chorou, não chamou a mamãe” (14%); “se gritar eu paro e não vou te atender” (6%); “se ficar gritando vai fazer mal pro neném, ele vai nascer surdo” (5%), receberam destaque na pesquisa.

Segundo o coordenador da pesquisa realizada em agosto do ano passado pela Fundação Perseu Abramo, Gustavo Venturi, os episódios de violência ocorrem tanto na rede privada, quanto na pública. Obviamente que nas unidades de atendimento pelo SUS e nas grandes cidades, o problema é mais evidenciado.

Mulheres sofrem com violência emocional no parto

  1. JOSÉ ALBERTO BARBOSA disse:

    Esse post já foi colocado aqui… mas pelo ainda descaso, valeu ter sido repetido. Como da vez anterior, o meu comentário é de indignação pelo desrespeito com o ser humano, principalmente num momento onde “eles” pagos para proporcionar o bem estar, fazem de um ambiente tão nobre um circo de muito mal gosto…
    Tá na hora disso mudar…

  2. Nathalia L. M. disse:

    Adorei ter publicado esse assunto, pois aqui em Petrolina a saúde anda precaria principalmente no SUS… Tem quase 1 ano que eu tive minha filha e eu não tinha plano de saúde então tive que ir para o hospital público da nossa cidade… o que acontece dentro do hospital é um desrespeito com o ser humano… a gente entra numa sala e fica esperando ter parto normal.. muitas mulheres tem seus filhos ali na sala mesmo não chegam nem a entrar na sala de parto… quantos partos eu vi naquele dia… e com um detalhe.. se vc fica gritando vc não é atendida as enfermeiras só vão ate vc quando elas querem… e se o bebe nasce na cama elas brigam com vc e fica de cara feia… eu passei mais de 24h com a bolsa estourada e eles não queriam fazer meu parto cesario.. fiquei lá sofrendo… meu parto só foi feito pois eu conhecia uma enfermeira e ela falou com um médico que fez meu parto cesario… Eu posso dizer da experiencia que tive…. se existe inferno lá pode ser chamado de inferno…. È por isso que morre mães e bebes… e se não mudar vai continuar a morrer… e não pense vocês que lá esta melhor por causa da nova administração que não esta não… é só ilusão de pobre…

  3. cristina fernandes disse:

    Eu também tive esta experiencia quando fui dar a luz a meu filho que esta vivo graças a Deus porque se dependesse do povo do hospital Conceição em Porto Alegre RS ele estaria morto,meu filho nasceu com 4.5Kg e 53 cm no dia eles fizeram ecografia e sabiam que ele era muito grande,eu passei nada mais nem menos que 35 horas angustiantes( de muita dor ) de trabalho de parto sendo que me mandaram 1 vez pra casa e me disseram que eles só iriam me internar se eu tivesse contrações de 4 em 4 min. passei horas angustiantes em casa com medo porque era primeiro filho e não sabia nada do que tava acontecendo …voltei depois com meus 4 em 4 min.de contração e me internaram,pensei que iriam cuidar de mim,me enganei,foram exatamente 12 horas com contrações uma em cima da outra…..só depois quando eles mudaram de plantão no outro dia que me levaram pra sala de parto normal e só depois de 7 peridurais e quando eu não conseguia mais nem mexer a boca pra reclamar eles então me levaram pra cesária e detalhe depois que eu tava em recuperação criou coágulos e passei por mais dores terríveis que nem a morfina que eles me davam fazia efeito..depois que me recuperei fiz a contagem das horas angustiantes ao total foram 35 horas de trabalho de parto,é piada?não não é!!!!…é pra judiar mesmo do povo né!Depressão pós parto?FEliz daquela que tem pq se tem é pq n morreu no hospital!!!!!!Sentimento de profunda vergonha de ser brasileira….

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