Moradores de Juazeiro peregrinam em filas para pegar correspondências não entregues

por Carlos Britto // 05 de julho de 2016 às 20:00

Assim como em Petrolina e inúmeras outras cidades, Juazeiro (BA) também tem uma grave deficiência no serviço de entrega dos Correios. Os moradores precisam fazer uma verdadeira peregrinação em filas para poder resgatar correspondências que não chegam nas residências. Carteiros afirmaram, em entrevista à TV São Francisco, que o serviço precário na entrega é devido ao número reduzido de profissionais. Eles também se queixam da sobrecarga de trabalho.

Como o horário de atendimento à população na central de distribuição é de apenas uma hora e meia por dia, muitas pessoas dizem que passam horas na fila e, mesmo assim, não conseguem resgatar as correspondências. Um carteiro que preferiu não ser identificado disse que os funcionários trabalham sobrecarregados e, por causa do problema na entrega, chegam a ser ameaçados por moradores nas ruas.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Sincotelba), Márcio Góes, afirma que a falta de Código de Endereçamento Postal (CEP) em várias ruas e bairros de Juazeiro também atrapalha o trabalho dos carteiros, mas diz que o principal problema é a pouca quantidade de funcionários para atender toda a cidade. Ele diz que a última vez que houve concurso dos Correios foi há cinco anos.

Respostas

Em nota encaminhada à emissora, a empresa informou que não reduziu o número de carteiros e que sempre é necessário fazer mutirões para atender toda a demanda. Sobre a falta de concurso público, os Correios informaram que não podem abrir novas convocações porque apenas os certames já homologados até setembro de 2015 serão mantidos.

A nota dos Correios também afirma que Juazeiro tem irregularidades no CEP, como numeração duplicada ou errada e isso dificulta a entrega das correspondências. Já a prefeitura informou que há casas com números duplicados e que esse problema só pode ser resolvido com a realização de um recadastramento geral na cidade. (Foto/reprodução TV São Francisco)

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