Médica alerta para riscos de “transmissão vertical” do HIV entre mãe e bebê ainda na gestação

por Carlos Britto // 02 de dezembro de 2012 às 16:25

Este final de semana foi marcado por eventos, em todo o planeta, que lembraram o Dia Mundial de Combate à Aids. E uma das situações mais preocupantes entre a comunidade médica é a contaminação de entre mães portadoras do HIV (vírus transmissor da doença) e os bebês – inclusive na fase de gestação, chamada de “transmissão vertical do HIV”.

Para alertar sobre esse risco, a ginecologista do Hospital Dom Malan HDM/Imip, Fabíola Leite, informa que a transmissão vertical do HIV entre mãe e o bebê pode acontecer através do contato sanguíneo, das secreções vaginais ou até mesmo do leite materno. “Para evitar a transmissão vertical, de mãe para filho, geralmente a gestante portadora do HIV deve tomar medicações denominadas de antirretrovirais. Além disso, a depender de determinados parâmetros laboratoriais (carga viral e contagem de CD4 maternos), pode ser necessário o parto Cesário”, aponta.

Dra.Fabíola informa ainda que outra indicação para diminuir a chance de transmissão vertical é que a mãe não deva amamentar o seu bebê. Além disso, durante o trabalho de parto ou horas antes da cesariana, ela deverá usar um antirretroviral (AZT), e após o nascimento, o bebê também fará desta medicação, que deve ser iniciada nas primeiras horas de vida.

Segundo a médica, outro aspecto importante é valorização e realização completa do pré-natal. “Além de dar todos os cuidados e orientações comuns a todas as gestantes, o pré-natal é importantíssimo, pois muitas vezes é o momento em que a mulher faz o exame e tem o diagnóstico”, diz a médica. Ela explica que é no pré-natal em que são prescritos os antirretrovirais e feito o acompanhamento clínico e laboratorial da mulher soropositiva, o rastreio de infecções comuns em portadores do vírus, além de orientações com relação a todos os cuidados que a mãe deve ter com ela própria e com o bebê.

Exames

Para saber se a mãe ou o bebê tem o vírus, a ginecologista informa que existem exames de sangue que podem ser feitos por diferentes técnicas como, por exemplo, teste rápido, Elisa, Western blot, Imunofluorescência e PCR. “Geralmente para se chegar ao diagnóstico, são feitos pelo menos dois exames. A mãe pode ter o diagnóstico em qualquer momento da gestação. O ideal é que este seja dado o mais precocemente possível, para que o tratamento seja iniciado logo. Por este motivo, o exame para detectar o HIV no HDM faz parte da rotina de pré-natal de toda gestante”, ressalta.

Já para diagnosticar a presença do vírus no bebê, os exames são realizados após o nascimento. Caso o diagnóstico não seja dado nos primeiros exames, deve-se fazer o acompanhamento repetindo os exames periodicamente. “Pode ser necessário um período de até 18 meses para que se possa confirmar ou afastar completamente o diagnóstico de HIV no bebê”, explica a médica. As informações são da assessoria de comunicação do HDM/Imip.

Médica alerta para riscos de “transmissão vertical” do HIV entre mãe e bebê ainda na gestação

  1. Idebenone disse:

    Pré Natal é um conjunto de orientações médicos, nutricionais, psicológicos, e sociais, com o objetivo de proteger a mãe e o bebê durante a gravidez e o parto, tendo como principal finalidade reduzir a taxa de mortalidade de recém-nascidos.

    1. João disse:

      Completando…reduzir a taxa de mortalidade materno-infantil.

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