No mês passado, juros do cheque especial subiram para 174,8% ao ano.
Para pessoas físicas, taxa subiu para 58,7% ao ano – mais alta desde 2006.
A taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras nas operações com cheque especial para pessoas físicas atingiu o valor de 174,8% ao ano em novembro, o maior valor desde junho de 2003 – quando somou 176,9% ao ano, informou nesta terça-feira (23) o Banco Central.
No ano, os juros do cheque especial já avançaram impressionantes 36,7 pontos percentuais, visto que estavam em 138,1% ao ano no fim de 2007.
Juros bancários
Ao mesmo tempo, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em todas as suas operações, quer seja com empresas ou pessoas físicas, atingiu 44,1% ao ano no mês passado, contra 42,9% ao ano em outubro.
No ano, o aumento foi de 10,3 pontos percentuais. A taxa média de juros dos bancos de novembro, segundo o BC, é a mais elevada desde abril de 2006, quando totalizou 45,4% ao ano.
No caso da taxa de juros das instituições financeiras em suas operações com pessoas físicas, informou a instituição, esta subiu para 58,7% ao ano em novembro, a mais elevada desde março de 2006.
Para pessoas jurídicas, os juros médios cobrados em novembro totalizaram 31,2% ao ano, o que representa queda de 0,4 ponto percentual frente ao mês de setembro – quando somou 31,6% ao ano.
Razões para o aumento
São várias as razões para o aumento dos juros bancários neste ano. No início de 2008, o governo autorizou um aumento da alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), o que encareceu as taxas. Entre abril e outubro deste ano, elevou os juros básicos da economia de 11,25% para 13,75% ao ano – o que também impactou os juros bancários. E, mais recentemente, a crise financeira internacional também deu sua contribuição.
“O crédito está mais caro, principalmente para as famílias, refletindo esse momento de aversão ao risco. A crise financeira internacional contribuiu para a elevação das taxas de juros. Toda essa turbulência levou a algum aumento”, disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
Fonte: G1